Resíduos de agrotóxicos do grupo de ditiocarbamatos em maçãs (Malus domestica Borkh.) in natura no Brasil – 10 anos
DOI:
https://doi.org/10.22256/PUBVET.V11N5.452-459Palavras-chave:
consumidores, ditiocarbamatos, maçãs, resíduos, PARA/ANVISAResumo
ARealizou-se uma análise crítica dos dados obtidos do Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos (PARA) da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) sobre os resíduos de agrotóxicos do grupo químico ditiocarbamato (DTCs) em maçãs (Malus domestica Borkh) comercializadas in natura durante dez anos no pais. Foram analisadas 1422 amostras de maçãs, das quais 605 apresentaram algum nível de contaminação. O número de amostras positivas para DTCs foi de somente 32.1% em 2003, já o ano seguinte (2004) configurou como o período de maior número de amostras contaminadas, correspondendo a 83,9%, seguido pelo ano de 2007 com 81,9 %. As maçãs atingiram níveis de até 3,04 mg/Kg no ano de 2005, excedendo o limite máximo de resíduos (LMR) (2 mg/Kg) nacional. Independente dos dados informados, o Programa não informa quantas e/ou a porcentagem de amostras que excedeu o LMR, somente a faixa. Os valores encontrados foram satisfatórios (LMR) nos anos de 2003, 2006 e 2007. Foi possível perceber que as maçãs brasileiras, ao longo do período de avaliação oscilaram em picos de presença de resíduo acima dos LMR (em 2001/2002, 2005, 2009, 2010 e 2012), expondo consumidores aos efeitos adversos dos DTCs. Considerando a faixa de anos do monitoramento realizado pelo PARA e avaliada no presente estudo, foi observado que não houve evolução nos resíduos detectados (redução), muito menos acréscimo no número de amostras analisado (oscilou em todos os períodos), bem como de laboratório oficiais para análise, o que demonstra a necessidade de aprimoramento desses fatores. Há necessidade da ANVISA continuar a informar oficialmente consumidores (via website) já que este processo informativo parou em 2012.
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