Intoxicação por ingestão de Brachiaria decumbens em bovinos no Brasil e achados patológicos decorrentes: Revisão
DOI:
https://doi.org/10.22256/PUBVET.V11N6.601-606Palavras-chave:
gramínea, forrageira, fotossensibilização, plantas tóxicas,bovinosResumo
Essa revisão de literatura tem como objetivos mostrar a importância da gramínea Brachiaria decumbens na produção animal de bovinos, abordando fatores como ganho de peso animal, palatabilidade, qualidade nutricional da gramímea, e fatores edafoclimáticos que influenciam no processo de ganho de peso. Posteriormente, incluir-se-á também pontos negativos como a intoxicação decorrente do elevado consumo da gramínea, princípio tóxico, demais patologias e seus achados comumente associados em bovinos. No cenário atual, o Brasil conta com o maior rebanho comercial de bovinos de corte do mundo, e a pecuária nacional é basicamente composta de pasto, dados indicam que 80% do rebanho esteja alojado em pastagens sendo as gramíneas do gênero Brachiaria a maior fonte de alimento. A intoxicação por B. decumbens afeta bovinos, caprinos, ovinos, bubalinos, podendo ocorrer a qualquer época do ano, sendo a época de seca onde mais se relatam casos. Em bovinos ocorre principalmente em bezerros próximos ao desmame ou recém desmamados, a Brachiaria contém saponinas esteroidais litogênicas que induzem a formação de cristais no sistema biliar, uma das causas da doença hepática dos bovinos. Em bovinos os primeiros sinais clínicos decorrentes da intoxicação caracterizam-se por perda de apetite, depressão, anorexia, diminuição ou parada de movimentos ruminais, sialorreia e fezes secas. Por esses motivos, os bezerros não devem ser desmamados em áreas com Brachiaria decumbens, pois o estresse do desmame somado a idade do animal e a possível existência de animais geneticamente susceptíveis são alguns dos fatores cruciais para o aparecimento de alguma enfermidade
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