Abordagem fisioterapêutica em cão portador da Síndrome de Wobbler: Relato de caso

Resumo

A Fisioterapia Veterinária é uma área em expansão, que vem trazendo grandes ganhos à Veterinária, por proporcionar desde o simples alívio da dor à recuperação dos movimentos e melhora da qualidade de vida do animal. Define-se como Síndrome de Wobbler, uma pequena compressão no canal medular que pode ser causada por uma combinação de uma hérnia de disco ou um pequeno estreitamento do canal espinhal secundário a alterações ósseas que incidem sobre a medula espinhal. Afeta principalmente cães de raças grandes e gigantes, causando muitas dores e desconforto ao paciente. Apesar de ser uma afecção de indicação cirúrgica, a fisioterapia pode auxiliar no alivio das dores do paciente. Com este trabalho objetivou-se relatar um caso de uma cadela da raça dálmata de 11 anos, com mobilidade reduzida e sintomatologia dolorosa na região cervical, sendo esses sinais compatíveis com a Síndrome de Wobbler. O planejamento terapêutico incluiu exercícios de mobilização passiva de todas as articulações e alongamento da musculatura envolvida para evitar o agravamento das lesões. Estes exercícios também são indicados no tratamento da dor e na perda de mobilidade secundaria à disfunção neuromúsculo-esquelética. No alivio da dor também é utilizado o TENS (Transcutaneous Electrical Nerve Stimulation), que é uma corrente analgésica, que atua nos nervos periféricos e sistemas modulares da dor, causando analgesia. A Bola Suíça foi utilizada neste caso com fins de alongamento, fortalecimento muscular, reeducação da postura e treino de equilíbrio. Apesar do animal ter sido encaminhado para o neurologista para reavaliação e possível encaminhamento cirúrgico, a melhora no quadro clínico de dor, da mobilidade dos membros, amplitude de movimento e melhora nas atividades cotidianas do animal foram eficientes principalmente pelas observações da tutora.