Carcinoma de células escamosas em felino: relato de caso
DOI:
https://doi.org/10.31533/pubvet.v12n7a136.1-12Palavras-chave:
clínica veterinária, neoplasia cutânea, criocirurgiaResumo
O carcinoma de células escamosas (CCEs), também conhecido como carcinoma espinocelular, carcinoma escamocelular ou carcinoma epidermóide, é uma neoplasia maligna cutânea que aparece frequentemente nos felinos, apresentando nesta espécie um comportamento distinto das demais espécies. A exposição prolongada à luz ultravioleta (UV) parece ser um dos fatores etiológicos da enfermidade, assim como as áreas hipopigmentadas e com pouco pêlos são as mais afetadas. A coloração da pelagem é um dos fatores predisponentes, sabe-se que os gatos de pelagem branca são mais propensos a apresentar a doença quando comparado aos pigmentados. Em relação a localização, a maioria das lesões são observadas na cabeça e mais frequentemente no plano nasal, seguida pelas aurículas e pálpebras, e podem se apresentar de formas variadas como proliferativa ou erosiva. A suspeita diagnóstica vem através do histórico e das características clínicas das lesões, mas para definição diagnóstica o exame citológico e histopatológico se faz necessário. A precocidade no diagnóstico tem efeito fundamental no prognóstico. Existem várias modalidades de tratamento para o carcinoma de células escamosas, incluindo cirurgia, radiação ionizante, quimioterapia, terapia fotodinâmica, eletroquimioterapia e criocirurgia. A criocirurgia consiste no uso controlado de baixas temperaturas com o objetivo de induzir morte celular. Objetivou-se com este trabalho relatar dois casos de felinos diagnosticados com carcinoma de células escamosas tratados com protocolos diferentes. O animal 1, é um felino, sem raça definida, macho, com 10 anos de idade, apresentando lesão ulcerativa no plano nasal há aproximadamente 6 meses, atendido na Clínica Veterinária em Olinda- PE. O diagnóstico foi realizado através de um exame citológico, identificando o carcinoma de células escamosas. O tratamento estabelecido foi a criocirurgia, porém o animal não obteve resposta favorável ao tratamento, provavelmente pela demora na procura de assistência veterinária, o que atrasou o diagnóstico e consequentemente agravou a lesão neoplásica tornando-a de difícil tratamento. O animal foi submetido a eutanásia após agravamento do seu estado clínico, 2 meses após ter iniciado o tratamento. O animal 2, é um felino, sem raça definida, fêmea, com 14 anos de idade, apresentando lesão ulcerativa na orelha esquerda. O diagnóstico foi realizado através da citologia e do histopatológico. O tratamento estabelecido foi a cirurgia. Até o presente momento o animal não apresentou nenhuma complicação.
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Copyright (c) 2018 Nathalia Nunes dos Santos, Lourival Barros de Sousa Brito Pereira, Lucilo Bioni da Fonseca Filho, Andréa Jullyanna de Carvalho, Melissa Barbosa Pontes, Nicolli de Albuquerque Leal Gomes D’Alcantara, Ana Luiza Neves Guimaraes Bessa, Priscilla Virginio de Albuquerque, Júlio Cézar dos Santos Nascimento, Wagner McKlayton Alves de Souza
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