Mercado de Breves, Marajó, Pará: perfil socioeconômico, ambiental e aproveitamento de resíduos de tambaqui para biojoias
DOI:
https://doi.org/10.31533/pubvet.v14n1a493.1-12Palavras-chave:
Meio ambiente, recursos pesqueiros, joia, amazônia orientalResumo
O objetivo desse trabalho foi traçar o perfil socioeconômico dos vendedores de pescado do mercado municipal de Breves; avaliar a percepção dos comerciantes sobre as condições ambientais da geração de resíduos de pescado no local e propor uma alternativa para o aproveitamento desses resíduos, usando as escamas de tambaqui (Colossoma macropomum), para fabricação de biojoias. Foi utilizado um questionário semiestruturado com perguntas abertas e fechadas, para um total de 20 vendedores em seus locais de trabalho e observações in loco dos resíduos de pescado. A pesquisa ocorreu entre junho a julho de 2018. Após a entrevista e observação, os resíduos de C. macropomum foram coletadas no próprio mercado e encaminhadas para Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará Campus Breves, para serem tratados e selecionados para a confecção de biojoias. Quanto aos resultados do perfil socioeconômico foi possível observar que 100% dos indivíduos que trabalham na comercialização são homens, onde 45% destes possuem o ensino médio completo e declararam ser casados, com idade entre 41 a 50 anos e vivem há mais de 30 anos no município. A principal fonte de renda é proveniente da venda do pescado no mercado o que por sua vez impulsiona o consumo de proteína animal na região, sendo considerada uma atividade primária, cuja renda obtida é de um salário mínimo. Os peixes aracu, mapará, pescada branca, piranambu, tamuatá e tambaqui foram às espécies mais encontradas para a venda, com destaque para o tambaqui que é o peixe mais comercializado no local. Em relação à questão ambiental, foi observada uma grande quantidade de resíduos de peixes, como aparas, carcaças, peles e escamas as quais são descartadas inadequadamente no meio ambiente. Esses resíduos após uma série de tratamentos puderam se transformar em matéria-prima para a confecção de biojoias como: brincos, colares e pulseiras. Esses produtos são propostas para as famílias incrementarem a suas rendas e ainda contribuem para conservação do meio ambiente mostrando-se uma como ação para o desenvolvimento sustentável na economia local do Arquipélago da Amazônia Oriental brasileira.
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