Eficácia de Oxitetraciclina no tratamento de Streptococus Agalactiae em tilapia a diferentes temperaturas de criação
DOI:
https://doi.org/10.31533/pubvet.v12n10a181.1-5Palavras-chave:
estreptococose, farmacodinâmica, farmacocinetica, tetraciclina, tilapiculturaResumo
A estreptococoses é uma das principais causadoras de morbidade e mortalidade na tilapicultura do Brasil e a oxitetraciclina é um dos principais antibióticos utilizado por décadas no seu tratamento. Existem estudos que determinam as diferenças na farmacocinética de oxitetraciclina em Tilápia do Nilo segundo as temperaturas de criação. Porém, não existem estudos que avaliem o impacto dessas mudanças na temperatura de criação sobre a eficácia clínica da oxitetraciclina nas doses habituais. Este estudo foi realizado para avaliar o efeito de mudanças na temperatura de criação nas taxas de mortalidade de animais portadores e de cura nas infecções por Streptococcus Agalactiae. O índice farmacocinético/farmacodinâmico (PK/PD) utilizado para a determinação de eficácia foi a área sob a curva da concentração plasmática de oxitetraciclina em função do tempo (ASC)/concentração inibitória mínima (CIM). Para estimação das taxas de animais curados, carreadores e mortos foi realizada uma simulação de Monte Carlo da ASC seguidamente do modelamento PK/PD. Foram observadas mudanças nas frequências de indivíduos mortos e de portadores estimados relacionadas com as variações na temperatura de criação. As taxas de mortalidade estimadas foram de 58% e 12% e as taxas de portadores assintomáticos foram de 11% e 19% segundo as temperaturas de criação de 25° C e 30° C, respectivamente. A probabilidade de obter a cura bacteriológica após o tratamento aumentou para os tratamentos realizados com temperatura de criação de 30° C. Pequenos incrementos na CIM determinaram grandes mudanças nas taxas de animais curados, carreadores e mortos. Isso deixa em evidencia a necessidade de incorporar no protocolo terapêutico o isolamento bacteriológico, a determinação da CIM e otimização de dose terapêutica segundo a temperatura de criação a fim de evitar falhas terapêuticas e consequentemente potencializar o desenvolvimento de resistência.
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Copyright (c) 2018 Iris Fatima Mariotto, Sheila Rezler Wosiacki, Marcos Ferrante
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