Desempenho de bovinos de corte alimentados com Biosacch TR Concentrado

Autores

  • Marco Aurélio Factori Doutor em Zootecnia
  • Wagner Corrêa Industria de Medicamentos Veterinários S.A.
  • Fauzi Elias Halak Industria de Medicamentos Veterinários S. A.
  • Gabriel Silva Fava Zootecnista

DOI:

https://doi.org/10.31533/

Palavras-chave:

desempenho, escore de fezes, ganho de peso, pastagem

Resumo

O uso de probióticos, como aditivos alimentares é uma importante ferramenta para melhorar o desempenho dos animais e promoverem benefícios na eficiência animal por aumentar o crescimento das bactérias ruminais e melhorar a conversão animal. Para tanto, realizou-se um experimento em Rancharia/SP em sistemas de produção de bovinos de corte e pastagem de Braquiária brizantha cv. Marandu, com uso de piquetes e suplementação. O objetivo do trabalho foi avaliar o efeito sobre o ganho de peso e escore de fezes com o uso Biosacch TR Concentrado para bovinos de corte. O experimento ocorreu entre os meses de junho de 2024 a setembro de 2024. Foram utilizados para o experimento, 20 animais da raça Nelore e Angus. Os animais permaneceram divididos em dois lotes de produção, com faixa de peso de 500 kg + 10 kg. Foram utilizados a cada lote 10 animais, equiparados em peso e graus sanguíneos onde recebiam concentrado (1,3% do peso vivo), pastagem, sal mineral e água a vontade. Os animais eram pesados em balança digital, individualmente para serem mensurados os pesos vivos iniciais e finais dos animais, bem como os ganhos de peso aos 12 dias (mensurado a adaptação dos animais ao suplemento) e 34, 45 e 60 dias, durante e todo o período experimental. Na pastagem, nas pesagens, 0, 12, 34, e 60 dias, eram verificadas as fezes dos animais. Não foram observadas diferenças comportamentais com ou sem o uso do probiótico, bem como o escore das fezes nas pastagens. Diferem-se de forma benéfica os animais que ingeriram o produto, a partir do 45º dia, para peso vivo e ganhos de pesos individuais diários em todo o período final de fornecimento, admitindo valores médios de peso vivo com diferenças médias após os 45 dias, de 23 kg e ganhos médios diários com diferença de 700 gramas para os 45º dias e de até 4 kg em média para o 60º dia, respectivamente, para com o uso do produto em comparação ao sem produto. O uso do Biosacch TR Concentrado melhorou o ganho de peso e peso final dos animais.

Referências

Adams, D. C., Galyean, M. L., Kiesling, H. E., Wallace, J. D., & Finkner, M. D. (1981). Influence of viable yeast culture, sodium bicarbonate and monensin on liquid dilution rate, rumen fermentation and feedlot performance of growing steers and digestibility in lambs. Journal of Animal Science, 53(3), 780–789. https://doi.org/10.2527/jas1981.533780x.

Arowolo, M. A., & He, J. (2018). Use of probiotics and botanical extracts to improve ruminant production in the tropics: A review. Animal Nutrition, 4(3), 241–249.

Ávila, F. A., Paulillo, A. C., Schocken-Iturrino, R. P., Lucas, F. A., Orgaz, A., & Quintana, J. L. (2000). Evaluation of the efficiency of a probiotic in the control of diarrhea and weight gain in calves. Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia, 52(1), 41–46. https://doi.org/10.1590/s0102-09352000000100011.

Ayres, M., Ayres Júnior, M., Ayres, D. L., & Santos, A. A. (2007). BioEstat: Aplicações estatísticas nas áreas das ciências biomédicas. Ong Mamiraua.

Baile, C. A., & McLaughlin, C. L. (1987). Mechanisms controlling feed intake in ruminants: A review. Journal of Animal Science, 64(3), 915–922. https://doi.org/10.2527/jas1987.643915x.

Barengolts, E. (2016). Gut microbiota, prebiotics, probiotics, and synbiotics in management of obesity and prediabetes: review of randomized controlled trials. Endocrine Practice, 22(10), 1224–1234. https://doi.org/10.4158/EP151157.RA.

Berchielli, T. T., Pires, A. V, & Oliveira, S. G. (2011). Nutrição de Ruminantes. FUNEP.

Bergen, W. G. (1979). Factors affecting growth yields of micro-organisms in the rumen. Tropical Animal Production, 4:1(January).

Brito, J. M., Ferreira, A. H. C., Santana Júnior, A. H. S., Araripe, M. N. B. A., Lopes, J. B., Duarte, A. R., Cardoso, E. S., & Rodrigues, V. L. (2014). Probióticos, prebióticos e simbióticos na alimentação de não-ruminantes: Revisão. Revista Eletrônica Nutritime, 11(1), 3070–3084.

Chaucheyras-Durand, F., Chevaux, E., Martin, C., & Forano, E. (2012). Use of yeast probiotics in ruminants: Effects and mechanisms of action on rumen pH, fibre degradation, and microbiota according to the diet. Probiotic in Animals, 119–152. https://doi.org/10.5772/50192.

Factori, M. A., Corrêa, W., Halak, F. E., & Oliveira, L. P. (2023). Avaliação da produtividade e qualidade do leite de vacas holandesas alimentadas com DBR SACCH Probiótico Concentrado Pó. PUBVET, 17(4), e1374. https://doi.org/10.31533/pubvet.v17n4e1374.

Fereli, F., Branco, A. F., Jobim, C. C., Coneglian, S. M., Granzoto, F., & Barreto, J. C. (2010). Monensina sódica e Saccharomyces cerevisiae em dietas para bovinos: Fermentação ruminal, digestibilidade dos nutrientes e eficiência de síntese microbiana. Revista Brasileira de Zootecnia, 39(1), 183–190.

Gattass, C. B. A., Morais, M. G., Abreu, U. G. P., Franco, G. L., Stein, J., & Lempp, B. (2008). Efeito da suplementação com cultura de levedura na fermentação ruminal de bovinos de corte. Revista Brasileira de Zootecnia, 37(4), 711–716.

Hill, C., Guarner, F., Reid, G., Gibson, G. R., Merenstein, D. J., Pot, B., Morelli, L., Canani, R. B., Flint, H. J., Salminen, S., Calder, P. C., & Sanders, M. E. (2014). The International Scientific Association for Probiotics and Prebiotics consensus statement on the scope and appropriate use of the term probiotic. Nature Reviews Gastroenterology & Hepatology, 11(8), 506–514. https://doi.org/10.1038/nrgastro.2014.66

Hobson, P. N., & Stewart, C. S. (2012). Rumen microbial ecosystem (2nd ed.). Blackie Academic & Professional.

Lazzarini, I., Detmann, E., Sampaio, C. B., Paulino, M. F., Valadares Filho, S. de C., Souza, M. A., & Oliveira, F. A. (2009). Intake and digestibility in cattle fed low-quality tropical forage and supplemented with nitrogenous compounds. Revista Brasileira de Zootecnia, 38(10), 2021–2030.

Lima, R. S., Gomes, J. A. F., Silva, E. G., Aquino, R. S., & Arraes, F. D. D. (2017). Método matricial de formulação de rações para vacas leiteiras. PUBVET, 11(10), 1057–1073. https://doi.org/10.22256/pubvet.v11n10.1057-1073.

Martin, S. A., & Nisbet, D. J. (1992). Effect of direct-fed microbials on rumen microbial fermentation. Journal of Dairy Science, 75(6). https://doi.org/10.3168/jds.S0022-0302(92)77932-6.

Moreira, F. B., Prado, I. N., Cecato, U., Wada, F. Y., Nascimento, W. G., & Souza, N. E. (2003). Suplementação com sal mineral proteinado para bovinos de corte, em crescimento e terminação, mantidos em pastagem de grama estrela roxa (Cynodon plectostachyrus Pilger), no inverno. Revista Brasileira de Zootecnia, 32(2), 449–455. https://doi.org/10.4025/actascianimsci.v25i1.2145.

Moreira, F. B., Prado, I. N., Cecato, U., Zeoula, L. M., Wada, F. Y., & Torii, M. S. (2004). Níveis de suplementação com sal mineral proteinado para novilhos Nelore terminados em pastagem no período de baixa produção forrageira. Revista Brasileira de Zootecnia, 33(6), 1814–1821. https://doi.org/10.1590/s1516-35982004000700020.

Oliveira, J. S., Zanine, A. M., & Santos, E. M. (2005). Uso de aditivos na nutrição de ruminantes. Revista Electrónica de Veterinaria, VI(11), 1–23.

Poppi, D. P., & McLennan, S. R. (1995). Protein and energy utilization by ruminants at pasture. In Journal of Animal Science (Vol. 73, Issue 1, pp. 278–290). https://doi.org/10.2527/1995.731278x.

Porto, M. O., Paulino, M. F., Valadares Filho, S., Sales, M. F. L., Leão, M. I., & Couto, V. R. M. (2009). Fontes suplementares de proteína para novilhos mestiços em recria em pastagens de capim-braquiária no período das águas: Desempenho produtivo e econômico. Revista Brasileira de Zootecnia, 38(8), 1553–1560. https://doi.org/10.1590/S1516-35982009000800020.

Silva, J., Cabral, L., Costa, R., Macedo, B., Bianchi, I., Teobaldo, R., Neves, C., Carvalho, A., Plothow, A., Costa Júnior, W., & Silva, C. (2015). Estratégias de suplementação de vacas de leite mantidas em pastagem de gramínea tropical durante o período das águas. PUBVET, 9(3), 150–157. https://doi.org/10.22256/pubvet.v9n3.150-157.

Silva, O. P. (2005). Uso de aditivos na nutrição de ruminantes. Redvet, V(11).

Silveira, L. de P. (2017). Suplementação mineral para bovinos. PUBVET, 11(5), 489–500. https://doi.org/10.22256/pubvet.v11n5.489-500.

Soares, A. B., Sartor, L. R., Adami, P. F., Varella, A. C., Fonseca, L., & Mezzalira, J. C. (2009). Influência da luminosidade no comportamento de onze espécies forrageiras perenes de verão. Revista Brasileira de Zootecnia, 38(3), 443–451.

Valadares Filho, S. C., Costa e Silva, L. F., Gionbelli, M. P., Rotta, P. P., Marcondes, M. I., Chizzotti, M. L., & Prados, L. F. (2016). Exigências nutricionais de zebuínos puros e cruzado - BR-Corte (Vol. 1). Universidade Federal de Viçosa. https://doi.org/10.5935/978-85-8179-111-1.2016b001.

Foto: Mariana Ornaghi

Downloads

Publicado

16-12-2024

Edição

Seção

Nutrição e alimentação animal

Como Citar

1.
Factori MA, Corrêa W, Halak FE, Fava GS. Desempenho de bovinos de corte alimentados com Biosacch TR Concentrado. Pubvet [Internet]. 16º de dezembro de 2024 [citado 22º de dezembro de 2024];19(01):e1709. Disponível em: https://ojs.pubvet.com.br/index.php/revista/article/view/3880

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)