Bloqueio do nervo maxilar para exodontia de molariformes em coelho (Oryctolagus cuniculus): Relato de caso

Autores

  • Juliana Caetano Félix da Silva Mendes Mendes Universidade Federal do Paraná (UFPR) - Curitiba
  • Ricardo Guilherme D’Otaviano de Castro Vilani Universidade Federal do Paraná
  • Iara Luiza Matos de Lima Universidade Federal do Paraná
  • Isadora Scherer Borges Universidade Federal do Paraná
  • Alessandra Kozelinski Bordignon Universidade Federal do Paraná
  • Helena Baggio Soares Universidade Federal do Paraná
  • Juliana Cavalli Santos Universidade Federal do Paraná
  • Petra Kling Bonotto Universidade Federal do Paraná
  • Juliano Biolchi Universidade Federal do Paraná

DOI:

https://doi.org/10.31533/pubvet.v16n09a1213.1-6

Palavras-chave:

Anestesia, bloqueio nervoso, lagomorfos, odontologia

Resumo

Dentre os pets não convencionais, os coelhos são animais frequentemente apreciados por deterem um temperamento dócil, entretanto, suas particularidades anatômicas e fisiológicas predispõem a afecções odontológicas, necessitando eventualmente de intervenções cirúrgicas e anestésicas. Tendo vista que não existem relatos sobre a aplicabilidade clínica do bloqueio do nervo maxilar para procedimento cirúrgico nesta espécie, objetivou-se avaliar a eficácia da técnica em Coelho da Nova Zelândia (Oryctolagus cuniculus), de 4 anos, pesando 4,1 kg, atendido no Hospital Veterinário da Universidade Federal do Paraná em março de 2022. Após avaliação clínica e exame radiográfico, foi constatado crescimento retrógrado e instituído como a exodontia de molariformes superiores. Como medicação pré-anestésica, foi administrada a associação de dexmedetomidina (30 ug/kg), metadona (0,5 mg/kg), e midazolam (1 mg/kg). Posteriormente, a indução anestésica foi realizada com propofol (3 mg/kg) e sua manutenção com isoflurano e propofol. Visando analgesia preemptiva, foi realizado o bloqueio do nervo maxilar por referência anatômica com cloridrato de lidocaína sem vasoconstritor (3 mg/kg). Durante o transoperatório, parâmetros fisiológicos como a frequência cardíaca e respiratória, pressão arterial sistólica, média e diastólica, oximetria de pulso, dióxido de carbono ao final da expiração e temperatura retal foram mensurados e posteriormente registrados. Por fim, a técnica de bloqueio do nervo maxilar mostrou-se eficaz para o procedimento proposto, uma vez que foram inexistentes as alterações paramétricas de nocicepção no transoperatório. Entretanto, estudos mais amplos, controlados e com maior número de animais precisam ser realizados a fim de garantir sua indicação, bem como maiores esclarecimentos a respeito da aplicabilidade no emprego de anestésicos locais de longa duração para analgesia pós-operatória nessa espécie.

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Publicado

02-09-2022

Edição

Seção

Medicina veterinária

Como Citar

Bloqueio do nervo maxilar para exodontia de molariformes em coelho (Oryctolagus cuniculus): Relato de caso. (2022). Pubvet, 16(09). https://doi.org/10.31533/pubvet.v16n09a1213.1-6

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