Patógenos bacterianos encontrados em cães com otite externa e seus perfis de suscetibilidade a diversos antimicrobianos
DOI:
https://doi.org/10.22256/PUBVET.V11N2.159-167Palavras-chave:
Staphylococcus spp., resistência bacteriana, antibiogramaResumo
O uso crônico e indiscriminado de antibióticos pode levar à resistência bacteriana, sendo um assunto de extrema importância, pois seu intuito é auxiliar o clínico a identificar o agente causador e tratar adequadamente os casos de otite externa diagnosticados durante a rotina clínica. Os objetivos deste trabalho foram identificar os principais microrganismos presentes na otite externa em cães de Toledo-PR e sua suscetibilidade a diversos antibióticos. Foram coletadas amostras de cerúmen com auxílio de swabs estéreis dos condutos auditivos externos de 50 cães atendidos no Hospital Veterinário da PUCPR, campus Toledo, entre agosto de 2014 e maio de 2015. Os microrganismos foram cultivados e identificados de acordo com os métodos previamente descritos, e a susceptibilidade a antimicrobianos avaliada pelo método de difusão em disco Kirby-Bauer modificado. Os antibióticos testados foram: gentamicina, neomicina, tobramicina, enrofloxacina, ciprofloxacina e norfloxacina. Em relação aos microorganismos isolados dos 18 cães cujas amostras apresentaram crescimento bacteriano, o mais frequente foi Staphylococcus pseudintermedius (55,5%), Staphylococcus epidermidis (16,6%), Pseudomonas aeruginosa (11,1%), Escherichia coli (11,1%) e Shigella sonnei (5,5%). Observaram-se diferentes percentuais de resistência para cada uma das cinco bactérias encontradas submetidas a seis antimicrobianos. Entretanto, a gentamicina e a neomicina tiveram alta eficácia para todas as bactérias encontradas. Pode-se concluir que o agente etiológico mais frequentemente isolado foi o Staphylococcus pseudintermedius, e os antimicrobianos mais eficazes frente a esse agente foram gentamicina, ciprofloxacina e norfloxacina. A otite canina é uma enfermidade relevante na prática veterinária, desse modo, é de grande importância o conhecimento do(s) agente(s) associado(s) e seus perfis de susceptibilidade, no intuito de se estabelecer um tratamento direcionado e eficaz e prevenir a disseminação de bactérias multirresistentes.
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Copyright (c) 2017 Bruna Gabriela Gheller, Andrea Christina Ferreira Meirelles, Paulo Tadeu Figueira, Vanessa Holsbach
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