Pesquisa de Leishmania spp. em flebotomíneos (Diptera: Psychodidae) do munícipio de Iúna, Espírito Santo

Autores

  • Marcos Zanini Dept. Medicina Veterinária - Universidade Federal do Espírito Santo
  • Humberto Gripp de Faria UFES
  • Lais Regina Ferreira Magnago UFES
  • Gabriela dos Santos de Jesus UFES
  • Yuri Vieira Almeida UFES
  • Laisa Savergnini Poleze UFES
  • Ana Paula Madureira UFSJ

DOI:

https://doi.org/10.31533/pubvet.v13n6a342.1-7

Palavras-chave:

Leishmania (Viannia) braziliensis, identificação, vetor, epidemiologia

Resumo

Este estudo avaliou a fauna local de flebotomíneos vetores para Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) da região rural município de Iúna, estado do Espírito Santo, Brasil. As capturas dos dípteros abrangeram cinco localidades rurais onde casos de LTA já haviam sido previamente relatados. Os critérios de escolha para a instalação das armadilhas foram propriedades com histórico anterior de casos clínicos humanos de LTA e a presença de cães sem sinais clínicos da doença, mas soropositivos para Leishmania (Viannia) braziliensis pela técnica de ELISA indireta. As coletas realizaram-se com o auxílio de armadilhas luminosas do tipo “CDC” (Centers for Diseases Controls) instaladas às 18h00min e recolhidas às 06h00min totalizando 336 horas de funcionamento. Entre quatorze pontos de coletas, dez apresentaram positivos para a presença de flebotomíneos sendo um total de 1148 espécimes todos processados e identificados. Uma parcela de 60 fêmeas de diferentes pontos de coleta foi submetida a técnica de reação em cadeia da polimerase (PCR) para avaliar a presença do gênero Leishmania spp. nos tubos digestivos dos dípteros sendo observada três resultados positivos para presença de ácidos nucleicos de Leishmania (Viannia) braziliensis. Entre os restantes 1088 flebotomíneos, a espécie Migonemyia migonei foi a que se apresentou mais abundante sendo responsável por 71,7% dos espécimes, seguida por Nyssomyia intermedia 21,5%, somando as demais espécies capturadas 6,8%. Considerando a capacidade vetorial de Mg. migonei e Ny. intermedia, bem como seus hábitos antropofílicos já descritos na literatura, podemos sugerir que essas espécies possam estar atuando como transmissoras de LTA na região.

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Publicado

08-07-2019

Edição

Seção

Saúde pública

Como Citar

1.
Zanini M, Gripp de Faria H, Ferreira Magnago LR, dos Santos de Jesus G, Vieira Almeida Y, Savergnini Poleze L, et al. Pesquisa de Leishmania spp. em flebotomíneos (Diptera: Psychodidae) do munícipio de Iúna, Espírito Santo. Pubvet [Internet]. 8º de julho de 2019 [citado 22º de dezembro de 2024];13(06). Disponível em: https://ojs.pubvet.com.br/index.php/revista/article/view/873

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