Utilização de enxerto pedicular cutaneo na reparação tecidual da parte medial da coxa de um cão após exerese de tumor: Relato de caso

Autores

  • Francisco Cláudio Dantas Mota
  • Eloi Santos Portugal
  • Annelise Carla Camplesi
  • Márcia Ferreira Rosa Sobreira
  • Roberta Vanessa Casale
  • Anderson Trevisan

DOI:

https://doi.org/10.22256/pubvet.v5n24.1154

Palavras-chave:

enxerto pedicular, cirurgia reparadora, cães, carcinoma basocelular  

Resumo

Foi atendida no Hospital Veterinário da Unicastelo - Campus Descalvado-SP, uma cadela Boxer, sete anos de idade, 24 quilos. O animal tinha uma ferida ulcerada na parte interna da coxa esquerda de aproximadamente oito centímetros de diâmetro, o qual foi submetido ao exame de citologia aspirativa por agulha fina (CAAF), onde foram encontradas, decorrentes desta ferida, células compatíveis com carcinoma basocelular. Após os exames de rotina, sangue, urina e fezes, o animal foi pré-anestesiado com levomepromazina (0,3mg/kg), induzido com propofol (3mg/kg),e a anestesia geral inalatória foi mantida com isoflurano. Concomitante foi realizada pela via epidural, a associação de morfina (0,1mg/kg), completada com o anestésico local bupivacaina 0,5%, na quantidade de um mililitro para quatro quilos.Trinta minutos antes da primeira incisão cirúrgica, foi administrado enrofloxacina (5mg/kg IV). Foi realizada exérese do tumor, mantendo uma margem de segurança de aproximadamente 2 cm em toda sua extensão.Para cobrir a lesão cutânea, foi criado um retalho pediculado de padrão axial, da porção ventral do abdome, preservando a artéria e veia epigástrica caudal. O retalho foi transposto sobre a ferida cutânea da porção medial da coxa esquerda, sendo que as extremidades do enxerto foram suturadas ao leito receptor, em padrão de sutura tipo “Wolff”, com fios de nylon. Alguns pontos simples separados foram aplicados entre a face interna do enxerto e o leito da ferida, utilizando fio vicryl, na tentativa de diminuir o espaço morto entre o enxerto e a lesão. A ferida cutânea da porção ventral do abdome a qual foi retirado o enxerto, foi aproximada e suturada de maneira convencional. O pós-operatório constou da administração do opióide tramadol na dose de 2,0 mg/kg pela via subcutânea, de 12 em 12 horas por cinco dias, ketoprofeno (2,2 mg/kg) a cada 24 horas durante três dias por via oral e enrofloxacina (5,0 mg/kg) a cada 24 horas por 10 dias por via oral. Decorrido 20 dias do procedimento cirúrgico a ferida estava completamente cicatrizada com adesão do enxerto.

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Publicado

14-09-2015

Edição

Seção

Medicina veterinária

Como Citar

1.
Mota FCD, Portugal ES, Camplesi AC, Sobreira MFR, Casale RV, Trevisan A. Utilização de enxerto pedicular cutaneo na reparação tecidual da parte medial da coxa de um cão após exerese de tumor: Relato de caso. Pubvet [Internet]. 14º de setembro de 2015 [citado 22º de dezembro de 2024];5(24). Disponível em: https://ojs.pubvet.com.br/index.php/revista/article/view/2255

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