Hospital escola de grandes animais: Papel na vigilância de zoonoses de importância em saúde pública
DOI:
https://doi.org/10.31533/pubvet.v15n07a874.1-6Palavras-chave:
Hospital veterinário, saúde única, vigilância epidemiológica, zoonosesResumo
O registro dos casos de enfermidades nos animais tem suas origens desde antigas civilizações. Existe uma preocupação em se relatar essas enfermidades tanto por conta do contato familiar e profissional dos homens com os animais, quanto pela biosseguridade que algumas espécies devem apresentar até serem consumidas. Os hospitais veterinários assumem papel importante como partícipes na estratégia de trabalho integrado na vigilância de zoonoses de importância em saúde pública. Apresentamos aqui um estudo direcionado no Distrito Federal, a partir do Hospital Veterinário (HVet) da Universidade de Brasília. O estudo descritivo, retrospectivo, foi realizado por meio de levantamento no livro de registro de animais atendidos no setor de grandes animais do HVet/UnB, localizado na Granja do Torto, de janeiro de 2015 a janeiro de 2020 (61 meses). Os casos foram ordenados segundo a espécie, sexo, ano e mês de entrada no hospital, origem dos animais segundo seus tutores ou apresentação e desfecho do caso. Foram registrados 2008 atendimentos no período. Foi identificado que 10% (203/2008) dos atendimentos foram de casos suspeitos ou diagnosticados de zoonoses e/ou com potencial zoonótico, distribuídos entre espécies equina (32%), ovina (29%), bovina (24%), caprina (12%), suína (2%) e bubalina (1%). Quanto à origem, 77% dos casos foram de proprietários particulares, 8% de apreensão, 10% de origem da UnB (Fazenda Água Limpa-FAL e HVet) e 6% de órgãos públicos como serviço de apreensão de animais da Secretaria e Agricultura. As doenças reprodutivas (distocias, parto distócico, prolapso vaginal/útero, aborto, retenção de placenta, placentite, vaginite, endometrite, metrite) representaram 34% dos casos. As doenças neurológicas (meningoencefalite, raiva, encefalite viral, quadro neurológico, alteração em SNC, tétano e listeriose) 21%. As doenças parasitárias 1%. As doenças respiratórias (pneumonia, actinomicose e tuberculose) 16%, mastites 14%, digestivas 4%. Linfadenites foram 5% e as enfermidades dermatológicas (sarnas, dermatofilose, dermatofitose) constituíram 5% dos atendimentos. Dos casos de doenças zoonóticas e de potencial zoonótico, no ano de 2015 houve registro de 38 casos (18,7%), em 2016 foram 40 (19,7%), em 2017, 31 (15,3%), 2018 com 48 (23,6%) em 2019 foram 44 (21,7%) e em janeiro de 2020, 2 casos (1%).
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