Epilepsia em cão
Relato de caso
DOI:
https://doi.org/10.31533/pubvet.v19n02e1734Palavras-chave:
Anamnese, antiepilépticos, convulsão, crises epilépticas, fenobarbitalResumo
Este trabalho teve por objetivo relatar o caso de um paciente que se apresentou na Clínica Veterinária da Pontifícia Universidade Católica de Campinas em novembro de 2023 com histórico de epilepsia. Epilepsia é uma doença caracterizada pela existência de crises convulsivas, e que vem sendo frequentemente encontrada na rotina veterinária. Distúrbios neurológicos são complexos de serem identificados e tratados e a epilepsia é um exemplo disso. A dificuldade já se inicia no diagnóstico, em que a identificação de crises convulsivas ou não, podem depender muito da percepção e relato do tutor. Além disso, a lista de diagnósticos diferenciais é extensa e a busca pela causa e o processo de descarte pode levar tempo. Sobre tratamento, são poucos os fármacos com eficácia comprovada atualmente, tendo maior relevância no tratamento da epilepsia o fenobarbital e o brometo de potássio. Mesmo com a instituição da terapia medicamentosa, são vários os fatores que interferem na assertividade do tratamento, desde a adesão do tutor, sejam na administração ou na realização dos exames de monitorização, como na receptividade e resposta de cada organismo aos medicamentos e doses. O sucesso na terapia pode ser alcançado quando o paciente apresentar diminuição na frequência das crises, na duração e na intensidade, já que a interrupção completa não é vista comumente.
Referências
Amaral, H. A., & Larsson, M. H. M. A. (2006). Estudo da variação da concentração sérica de fenobarbital em cães cronicamente medicados. Brazilian Journal of Veterinary Research and Animal Science, 43(4), 435–441. https://doi.org/10.11606/issn.1678-4456.bjvras.2006.26457.
Berendt, M., Farquhar, R. G., Mandigers, P. J. J., Pakozdy, A., Bhatti, S. F. M., De Risio, L., Fischer, A., Long, S., Matiasek, K., Muñana, K., Patterson, E. E., Penderis, J., Platt, S., Podell, M., Potschka, H., Pumarola, M. B., Rusbridge, C., Stein, V. M., Tipold, A., & Volk, H. A. (2015). International veterinary epilepsy task force consensus report on epilepsy definition, classification and terminology in companion animals. BMC Veterinary Research, 11(1), 182. https://doi.org/10.1186/s12917-015-0461-2.
Bhatti, S. F. M., Risio, L., Muñana, K., Penderis, J., Stein, V. M., Tipold, A., Berendt, M., Farquhar, R. G., Fischer, A., Long, S., Löscher, W., Mandigers, P. J. J., Matiasek, K., Pakozdy, A., Patterson, E. E., Platt, S., Podell, M., Potschka, H., Rusbridge, C., & Volk, H. A. (2015). International veterinary epilepsy task force consensus proposal: Medical treatment of canine epilepsy in Europe. BMC Veterinary Research, 11(1), 176. https://doi.org/10.1186/s12917-015-0464-z.
Booth, S., Meller, S., Packer, R. M. A., Farquhar, R., Maddison, J. E., & Volk, H. A. (2021). Owner compliance in canine epilepsy. Veterinary Record, 188(4), 1–8. https://doi.org/10.1002/vetr.16.
Chandler, K. (2006). Canine epilepsy: What can we learn from human seizure disorders? Veterinary Journal, 172(2), 207–217. https://doi.org/10.1016/j.tvjl.2005.07.001.
De Lahunta, A., Glass, E., & Kent, M. (2020). De Lahunta’s Veterinary neuroanatomy and clinical neurology. In De Lahunta’s Veterinary Neuroanatomy and Clinical Neurology, Fifth Edition.
Devinsky, O. (2004). Terapia para distúrbios neurocomportamentais na epilepsia. Epilepsia, 45, 34–40.
Dewey, C. W. (2006). Neurologia de cães e gatos-Guia prático. Editora Roca.
Dewey, C. W. (2008). Encephalopaties: Disorders of the brain. In C. W. Dewey (Ed.), A pratical guide to canine and feline neurology (pp. 115–220). Wiley Blackwell.
Dewey, C. W. (2016). Neurodiagnostic. In C. W. Dewey & R. C. Costa (Eds.), Pratical guide to canine and feline neurology. Elsevier Editora.
Dewey, C. W. & Costa, R. C. (2015). Pratical guide to canine and feline neurology. In Wiley-Blackwell.
Dewey, C. W., & Costa, R. C. (2017). Neurologia canina e felina–guia prático. Glo.
Fenner, W. R. (2016). Doenças do cérebro. In S. J. Ettinger & E. C. Feldman (Eds.), Tratado de medicina veterinária: Doenças do cão e do gato (pp. 586–637). Guanabara, Koogan.
Ferroni, L. O., Almeida Júnior, S. T., Moreira, G. S. S., Sousa, P. F., Bíscaro, I. S., & Belato, S. E. (2020). Epilepsia idiopática: Aspectos terapêuticos. Brazilian Journal of Development, 6(10), 76485–76501. https://doi.org/10.34117/bjdv6n10-173.
Folkard, E., Niel, L., Gaitero, L., & James, F. M. K. (2023). Tools and techniques for classifying behaviours in canine epilepsy. In Frontiers in Veterinary Science (Vol. 10, pp. 1–8). https://doi.org/10.3389/fvets.2023.1211515.
Gitaí, D. L. G., Romcy-Pereira, R. N., Gitaí, L. L. G., Leite, J. P., Garcia-Cairasco, N., & Paço-Larson, M. L. (2008). Genes e epilepsia I: epilepsia e alterações genéticas. Revista Da Associação Médica Brasileira, 54, 272–278. https://doi.org/10.1590/S0104-42302008000300023.
Hülsmeyer, V. I., Fischer, A., Mandigers, P. J. J., DeRisio, L., Berendt, M., Rusbridge, C., Bhatti, S. F. M., Pakozdy, A., Patterson, E. E., Platt, S., Packer, R. M. A., & Volk, H. A. (2015). International Veterinary Epilepsy Task Force’s current understanding of idiopathic epilepsy of genetic or suspected genetic origin in purebred dogs. BMC Veterinary Research, 11(1), 175. https://doi.org/10.1186/s12917-015-0463-0.
Marson, A. G., Kadir, Z. A., Hutton, J. L., & Chadwick, D. W. (1997). The new antiepileptic drugs: A systematic review of their efficacy and tolerability. In Epilepsia (Vol. 38, Issue 8, pp. 859–880). https://doi.org/10.1111/j.1528-1157.1997.tb01251.x.
Nascimento, F. T. B., Freitas, G. C., Oliveira, V. M., & Freitas, T. M. S. (2022). Epilepsia idiopática em cães: Novos tratamentos e impactos sobre os animais e tutores. PUBVET, 16(11), 1–11. https://doi.org/10.31533/pubvet.v16n11a1259.1-11.
Nelson, R., & Couto, C. G. (2015). Medicina interna de pequenos animais (3.ed.). Elsevier Brasil.
Platt, S. R., & Olby, N. J. (2015). BSAVA Manual of canine and feline neurology. In British Small Animal Veterinary Association.
Podell, M. (2013). Antiepileptic drug therapy and monitoring. In Topics in Companion Animal Medicine (Vol. 28, Issue 2). https://doi.org/10.1053/j.tcam.2013.06.009.
Potschka, H., Fischer, A., Löscher, W., Patterson, N., Bhatti, S., Berendt, M., De Risio, L., Farquhar, R., Long, S., Mandigers, P., Matiasek, K., Muñana, K., Pakozdy, A., Penderis, J., Platt, S., Podell, M., Rusbridge, C., Stein, V., Tipold, A., & Volk, H. A. (2015). International veterinary epilepsy task force consensus proposal: Outcome of therapeutic interventions in canine and feline epilepsy. BMC Veterinary Research, 11(1), 177. https://doi.org/10.1186/s12917-015-0465-y.
Risio, L., Bhatti, S., Muñana, K., Penderis, J., Stein, V., Tipold, A., Berendt, M., Farqhuar, R., Fischer, A., Long, S., Mandigers, P. J. J., Matiasek, K., Packer, R. M. A., Pakozdy, A., Patterson, N., Platt, S., Podell, M., Potschka, H., Batlle, M. P., … Volk, H. A. (2015). International veterinary epilepsy task force consensus proposal: Diagnostic approach to epilepsy in dogs. BMC Veterinary Research, 11(1), 148. https://doi.org/10.1186/s12917-015-0462-1.
Sanders, S. (2015). Seizures in dogs and cats (Vol. 1). John Wiley & Sons Inc.
Taylor, S. M. (2015). Convulsões e outros eventos paroxístico. In R. D. Nelson & C. G. Couto (Eds.), Medicina interna de pequenos animais (pp. 1016–1027). Elsevier.
Thomas, W. B. (2010). Idiopathic epilepsy in dogs and cats. Veterinary Clinics: Small Animal Practice, 40(1), 161–179.

Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Pedro Henrique Maglio França, Dra. Michele Andrade de Barros, Gabriela Barbosa de Almeida, Dra. Mariana Santos de Miranda

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Você tem o direito de:
Compartilhar — copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato
Adaptar — remixar, transformar, e criar a partir do material para qualquer fim, mesmo que comercial.
O licenciante não pode revogar estes direitos desde que você respeite os termos da licença. De acordo com os termos seguintes:
Atribuição
— Você deve dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas. Você deve fazê-lo em qualquer circunstância razoável, mas de nenhuma maneira que sugira que o licenciante apoia você ou o seu uso. Sem restrições adicionais
— Você não pode aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita.