Uso do fogo em pastagens naturais

Autores

  • Marcus Roberto Góes Ferreira Costa
  • Magno José Duarte Cândido
  • Maria Socorro de Souza Carneiro
  • Luiz Barreto de Morais Neto
  • João Avelar Magalhães
  • Newton de Lucena Costa

DOI:

Palavras-chave:

produção de forragem, composição química, fogo, fertilidade do solo

Resumo

O uso racional do fogo em pastagens naturais pode ser benéfico para os atributos químicos do solo, mineralizando seus nutrientes, tornando-os disponíveis para as plantas forrageiras e favorecendo seu crescimento. Sem os devidos cuidados a queima pode promover uma redução nos teores de matéria orgânica do solo, fato que reduz algumas qualidades físicas e biológicas. O fogo nem sempre promove aumento na produção e qualidade da forragem, sendo a resposta diretamente relacionada com a composição florística da pastagem. Quando há espécies com grande valor forrageiro tolerantes ao fogo, essa prática pode ser benéfica quanto à qualidade da forragem, mas, quando as espécies forem de baixa palatabilidade e baixo valor nutritivo, a qualidade da pastagem pode ser reduzida pelo uso do fogo. O efeito do fogo em pastagens naturais sobre o desempenho animal é uma resposta direta à modificação na qualidade da forragem em virtude da indução do perfilhamento, o que eleva o valor nutritivo da forragem, promovendo assim, elevação no ganho de peso dos animais. Este efeito pode ser anulado quando há alterações no comportamento ingestivo dos animais, como conseqüência da mudança indesejável da composição florística da pastagem natural. A utilização do fogo, como prática de manejo de pastagens, deve ser precedida de uma análise sobre a sua eficácia, eficiência e sustentabilidade, em termos de melhoria das características físico-químicas do solo, da produção animal e da produtividade, qualidade e persistência da pastagem.

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Publicado

11-09-2015

Edição

Seção

Pastagem e forragicultura

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