Avaliação de diferentes protocolos preventivos para onfalopatias em bovinos de corte recém-nascidos
DOI:
https://doi.org/10.31533/pubvet.v13n5a331.1-7Palavras-chave:
Bezerros, antisséptico, larvicida, antibióticoResumo
As onfalopatias são as enfermidades mais comuns nos bezerros de criação extensiva, o que acarreta problemas econômicos e de sanidade no rebanho, e mesmo que ocorra a adequada transferência de imunidade passiva, os animais ainda estão susceptíveis a distúrbios infecciosos, parasitários e inflamatórios na região umbilical. Dessa forma, este trabalho teve por objetivo avaliar a eficácia de antisséptico local aliado a medicamento sinérgico contendo ivermectina e benzilpenicilina benzatina, ou antisséptico local aliado a doramectina isolada, para prevenir as doenças do umbigo em bezerros neonatos em criação extensiva. Para tanto foram estudados 30 bezerros da raça Aberdeen Angus provenientes de duas propriedades do município de Pinhão/PR, divididos aleatoriamente em dois grupos ao nascer. Ambos os grupos receberam uma aplicação tópica de iodo a 10% no dia do nascimento. O grupo L recebeu apenas larvicida, e o grupo LA, recebeu larvicida e antibiótico, nas doses recomendadas pelo fabricante, pela via intramuscular. Como critério de inclusão, só foram utilizados os animais nascidos a termo que mamaram colostro. Os dados avaliados foram coproparasitológico ao nascimento e aos 30 dias de vida, exame clínico a cada 15 dias e identificação de lesões de umbigo a cada 15 dias. Dentro das condições do experimento, tanto o escore de vitalidade quanto o coproparasitológico não diferiram estaticamente entre os grupos, contudo ao se tratar de lesão de umbigo, os animais do grupo L apresentaram maior frequência de lesão de umbigo que os animais do LA (P=0,0006), permitindo concluir que o antisséptico local e a associação de um larvicida e um antibiótico no tratamento preventivo de animais recém-nascidos é mais efetiva para o combate de onfalopatias que apenas o larvicida e antisséptico local.
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