Histoplasmose nasal em gato: relato de caso

Autores

  • Maria de Jesus Rabelo Accioly Universidade Estadual do Ceará
  • Tiago Cunha Ferreira Universidade Estadual do Ceará
  • Glayciane Bezerra de Morais Universidade Estadual do Ceará
  • Adriana de Queiroz Pinheiro Universidade Estadual do Ceará
  • Igor Ciriaco Barroso Universidade Estadual do Ceará

DOI:

https://doi.org/10.31533/pubvet.v13n12a478.1-9

Palavras-chave:

Cultura fúngica, gato, Histoplasma capsulatum

Resumo

A histoplasmose é uma doença fúngica sistêmica, causada pelo fungo Histoplasma capsulatum, este caracteriza-se por ser dimórfico e saprófita. Esta patologia pode ter caráter clínico agudo ou crônico e resultar em infecção subclínica, pulmonar ou disseminada, caracteriza-se por ser a segunda micose de maior ocorrência nos gatos e nesses apresenta baixa morbidade e altas taxas de mortalidade. O diagnóstico pode ser obtido pela cultura fúngica e o tratamento é realizado principalmente a base de itraconazol. Objetivando relatar um caso clínico de histoplasmose felina realizou-se o presente trabalho. Foi atendido um gato sem raça definida, fêmea, de quatro anos de idade, com queixa principal de aumento de volume nasal. Foram solicitados inicialmente exames hematológicos, bioquimicos, citológico da nodulação no plano nasal, teste imunocromatográfico para imunodeficiencia viral felina e leucemia viral felina, e sete dias após, foi solicitada a cultura fúngica. Nos exames hematológicos observou-se trombocitopenia, agregados plaquetários, leucocitose por neutrofilia e hipoalbuminemia. O exame imunocromatográfico para ambas as retroviroses foi negativo. No exame citopatológico foram encontradas estruturas leveduriformes sugestivas de Criptococcus sp.,todavia, na cultura fúngica essas estruturas foram compatíveis com Histoplasma capsulatum. Baseado no resultado do exame citológico, foi prescrito para a paciente itraconazol 10 mg/kg duas vezes ao dia durante 60 dias, este deveria ser iniciado após a realização da cultura fúngica. O animal apresentou melhora significativa a partir de 7 dias do uso do medicamento, com regressão total da nodulação após 26 dias de tratamento. Após os 2 meses de tratamento, houve suspensão da medicação por 19 dias por decisão da tutora e retorno da administração por mais 30 dias no intuito de evitar a remissão da patologia. Com isso pode-se concluir que a histoplasmose nasal é uma afecção fúngica presente na rotina clínica de felinos, exigindo assim do médico veterinário atenção para a sintomatologia e métodos de diagnósticos complementares, bem como, a realização do tratamento e prognóstico de forma correta.

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Publicado

28-01-2020

Edição

Seção

Medicina veterinária

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