Torção esplênica primária em cão

Relato de caso

Autores

  • Pablo Roniel Santi Médico veterinário, Autônomo https://orcid.org/0000-0002-6575-3279
  • Carla Barreto Sandrin Médica veterinária, Autônoma
  • Matheus Barbosa Gomes Cruz Universidade Tuiuti do Paraná

DOI:

https://doi.org/10.31533/pubvet.v18n09e1658

Palavras-chave:

Baço, esplenectomia, hilo esplênico

Resumo

 O quadro de torção esplênica ocorre quando o baço gira em torno do seu pedículo vascular, sendo mais frequente em cães de porte grande com tórax profundo. O diagnóstico se baseia na associação dos sinais clínicos, exame ultrassonográfico abdominal com modo Doppler colorido e celiotomia exploratória. O presente trabalho relata o tratamento cirúrgico de um paciente canino, fêmea, da raça Pitbull, de 10 anos de idade e 25 kg, atendido por queixa de letargia, apatia, hematúria, fezes amolecidas e aumento de volume abdominal. No exame ultrassonográfico apresentou baço com aumento de volume, ecotextura rendilhada difusamente, ecogenicidade reduzida, sem fluxo sanguíneo evidente em modo Doppler colorido. Pela sugestão de torção esplênica, paciente encaminhado para celiotomia exploratória, que confirmou quadro. O tratamento instituído foi a esplenectomia total, sem distorção do pedículo vascular. A técnica cirúrgica apresentou bom resultado, sem complicações no transoperatório e pós-operatório.

Referências

Battiato, P., Salgüero, R., Specchi, S., & Longo, M. (2022). Ultrasonographic and CT diagnosis of a complete splenic duplication with right splenic torsion and presumed regional splenic vein hypertension in a dog. Veterinary Radiology and Ultrasound, 63(1), 1–5. https://doi.org/10.1111/vru.13007.

Dyce, K. M., Sack, W. O., & Wensing, C. J. G. (2010). Tratado de anatomia veterinária. Elsevier, Rio de Janeiro.

Faria, B. M., Cardoso, B. S. P., Carmo, C. V. C., Santos, G. B. T., & Souza Neto, J. R. N. (2022). Torção esplênica primária em cadela: Relato de caso. PUBVET, 16(12), 1–6. https://doi.org/10.31533/pubvet.v16n12a1276.1-6.

Flatz, K., Bluke, A., Meyer-Lindenberg, A., & Brühschwein, A. (2016). Twisted fat stranding in a dog with isolated splenic torsion diagnosed with computed tomography. Math Journal of Veterinary Science, 1(1), 003.

Fossum, T. W. (2021). Cirurgia de pequenos animais (3ed.). Elsevier Editora.

Hermanson, J. W., Lahunta, A., & Evans, H. E. (2020). Miller and Evans’ Anatomy of the dog 5th edition. Elsevier.

Hughes, J. R., Johnson, V. S., & Genain, M. A. (2020). CT characteristics of primary splenic torsion in eight dogs. Veterinary Radiology and Ultrasound, 61(3), 1–8. https://doi.org/10.1111/vru.12844.

Iavorska, I. V. (2020). Oxygen-dependent oxidation of proteins in the pathogenesis f spleen injury caused by acute blood loss, complicated by ischema-reperfusion of the limb and the efficiency of their correction by carbacetam. Journal of Education Health and Sport, 10(12), 372–381. https://doi.org/10.12775/JEHS.2020.10.12.037.

Kim, J. (2019). A case of acute splenic vein thrombosis in a dog. Journal of Veterinary Medical Science, 81(10), 1492–1495. https://doi.org/10.1292/jvms.19-0258.

Köning, H. E., & Liebich, H. G. (2011). Anatomia dos animais domésticos texto e atlas colorido. Editora Artmed.

Magalhães, A., & Gregório, H. B. (2022). Torção esplênica crônica em cão: Relato de caso. Brazilian Journal of Development, 8(9). https://doi.org/10.34117/bjdv8n9-239

Marinho, P. V. T., Minto, B. W., Avante, M. L., Cardoso, L. D., Aquino, G. V., Feitosa, C. C., & De Nardi, A. B. (2018). Torção esplênica primária em cão como causa atípica de abdômen agudo. Acta Scientiae Veterinariae, 46(1), 313.

Martins-Bessa, A., Vieira, L., Machado, J., Almeida, M., Alves, T., Fachada, M. T., Pires, M. A., Alves, A., & Dias, I. R. (2020). Simultaneous torsion of a uterine horn and spleen in a pregnant two-year-old crossbreed bitch: A case report. Topics in Companion Animal Medicine, 41. https://doi.org/10.1016/j.tcam.2020.100459.

Matos Filho, A. S., Petroianu, A., Cardoso, V. N., & Vidigal, P. V. T. (2018). Preservação de implante esplênico autógeno após conservação em solução de ringer-lactato. Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgia, 45(1). https://doi.org/10.1590/0100-6991e-20181346.

Nelson, R., & Couto, C. G. (2015). Medicina interna de pequenos animais (3.ed.). Elsevier Brasil.

Reinhart, J. M., Sherwood, J. M., KuKanich, K. S., Klocke, E., & Biller, D. S. (2015). Chronic splenic torsion in two dogs. Journal of the American Animal Hospital Association, 51(3), 185–190. https://doi.org/10.5326/JAAHA-MS-6129.

Reis, B. M. E. S., Souza, A. K. S., Franco, R. D. F., Santos, D. L., Silva, B. E. B., Silva, P. R., Silva, A. C. R., & Raabe, T. M. L. F. (2021). Torção-ruptura esplênica em um canino positivo para leishmaniose (Leishmania spp) e erliquiose canina (Ehrlichia spp). Brazilian Journal Development, 7(12), 318–328. https://doi.org/10.34117/bjdv7n12-544.

Salgueiro, N. B. M., Lacreta Júnior, A. C. C., Tavares, A. C. G., & Santos, M. A. S. (2017). Sonographic aspects of splenic torsion due to abdominal eventration in a dog. Acta Scientiae Veterinariae, 45, 5.

Santos, B. S., Gomes, C., Camargo, J. F., Trindade, A. B., Gouvea, A. S., Driemeier, D., & Contesini, E. A. (2019). Torção esplênica primária associado à baço acessório em cão. Acta scientiae Veterinariae., 42(Sup. 1), 1–7.

Figura 3. – Imagem de tomografia computadorizada de um cão, projeção oblíqua dorsal, pré-contraste no plano transversal de um centro hiperatenuante para um típico sinal de turbilhão (seta branca). Fonte: Hughes et al. (2020).

Downloads

Publicado

02-09-2024

Edição

Seção

Medicina veterinária

Como Citar

1.
Santi PR, Sandrin CB, Cruz MBG. Torção esplênica primária em cão: Relato de caso. Pubvet [Internet]. 2º de setembro de 2024 [citado 22º de dezembro de 2024];18(09):e1658. Disponível em: https://ojs.pubvet.com.br/index.php/revista/article/view/3779