Displasia folicular do pelo preto em Pinscher
Relato de caso
DOI:
https://doi.org/10.31533/pubvet.v18n01e1533Palavras-chave:
alopecia, displasia folicular, hereditária, hipotricose, melanócitos, melanossomosResumo
A displasia folicular dos pelos pretos (DFPP), é uma dermatopatia genética e hereditária incomum, de etiopatogenia pouco elucidada, mas que possui uma herança autossômica recessiva. Ela se caracteriza pelo surgimento de alterações cutâneas em cães jovens, com duas ou três cores, nas áreas de pelame preto, tais como hipotricose, alopecia, melanodermia e disqueratose. Sem predileção sexual ou racial, é definida por aglomerados de melanina nos pelos, acúmulo de macromelanossomas nos melanócitos e insuficiente transferência de melanina para os queratinócitos adjacentes, gerando uma maior fragilidade dos pelos pretos, opacidade, ressecamento, acinzentamento, queda e quebra, inclusive dentro do folículo piloso. Não há tratamento efetivo para DFPP e seu diagnóstico é realizado pelo histórico, exame físico e análises laboratoriais, incluindo o tricograma e exame histopatológico das áreas alopécicas. Por se tratar de uma afecção cutânea incomum, o objetivo deste trabalho é fazer uma breve revisão de literatura sobre DFPP e relatar o caso de uma cadela da raça Pinscher, de aproximadamente seis anos de idade, atendida na clínica veterinária Univet Saúde Animal em Santa Cruz do Capibaribe, Pernambuco, em agosto de 2023, diagnosticada com a doença.
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