Meningoencefalomielite por Cryptococcus spp. em felino
DOI:
https://doi.org/10.31533/pubvet.v17n12e1497Palavras-chave:
Criptococose, Micose, Neurológico, Sistema Nervoso CentralResumo
Criptococose é uma micose sistêmica causada por leveduras encapsuladas do gênero Cryptococcus, que acometem principalmente cavidade nasal, tecidos adjacentes e pulmões, podendo disseminar para o Sistema Nervoso Central, olhos e pele, causando meningoencefalite nos animais. Esta doença pode variar de não infecciosa ou infecciosa por fungos e bactérias, em felinos. A maior prevalência é em animais positivos para vírus da Leucemia Felina (FELV) ou Peritonite Infecciosa Felina (PIF). Os sinais neurológicos de infecção por Criptococcos podem ser convulsões, depressão, desorientação, ataxia, paralisia de membros pélvicos, midríase e cegueira. Para diagnóstico, é indispensável o exame neurológico que deve preceder junto ao exame físico geral com todos os sistemas do corpo, com intenção de localizar a lesão. O objetivo do trabalho foi relatar o caso de um gato, de 10 meses de idade com meningoencefalomielite por Cryptococcus spp. O animal apresentava sinais clínicos de mudança de comportamento de forma abrupta, medo excessivo, inapetência e perda progressiva de peso. Foi administrado metadona devido a algia, fazia uso de gabapentina da qual foi substituída por pregabalina. Foi realizado análise de líquido cefalorraquidiano (LCR) e ressonância magnética para auxiliar no diagnóstico. Entretanto, gerou um falso negativo e consequentemente dificultou o tratamento adequado. No presente relato, a conclusão diagnostica foi post mortem. Assim, não houve um tratamento adequado para estabilizar o paciente em vida.
Referências
Albright Junior, R. E., Christenson, R. H., Habig, R. L., Mears, T. P. & Schneider, K. A. (1988). Cerebrospinal fluid (CSF) TRAP: a method to improve CSF laboratory efficiency. American Journal of Clinical Pathology, 90(6), 707–710. https://doi.org/10.1093/ajcp/90.6.707.
Braund, K. G. (1994). Clinical syndromes in veterinary neurology. Mosby.
Braund, K. G. (2003). Clinical neurology in small animals-Localization, diagnosis and treatment. Citeseer.
Calesso, J. R., Oliveira, V. P., Jacob, M. G., Zacarias Júnior, A. & Hirata, K. Y. (2019). Diagnóstico citopatológico de criptococose em gata: Relato de caso. PUBVET, 13(10), 1–9. https://doi.org/10.31533/pubvet.v13n10a433.1-9.
Costa, F. V. A. & Norsworthy, G. D. (2013). Considerações especiais em felinos. In R. Rabelo (Ed.), Emergências de pequenos animais (p. 749). Elsevier Saunders.
Costa, R. C. & Dewey, C. W. (2016). Diferencial diagnosis. In Pratical guide tocanine and feline neurology (pp. 55–57). Elservier Sounders.
Cunningham, J. (2011). Tratado de fisiologia veterinária. Guanabara Koogan.
Damiani, J. D., Teixeira, A. F., Santos, D. P., Valente, L. G. S., Veronezi, L. O. & Souza, G. V. (2020). Criptococose felina: Relato de caso. PUBVET, 14(3), 1–5. https://doi.org/10.31533/pubvet.v14n3a524.1-5.
Dewey, C. W. (2008). Encephalopaties: Disorders of the brain. In C. W. Dewey (Ed.), A pratical guide to canine and feline neurology (pp. 115–220). Wiley Blackwell.
Dewey, C. W. (2016). Neurodiagnostic. In C. W. Dewey & R. C. Costa (Eds.), Pratical guide to canine and feline neurology. Elsevier Editora.
Faria, R. O. (2014). Fungos dimórficos e relacionados com micoses profundas. In M. M. Jericó, M. M. Kogika, & J. P. Andrade Neto (Eds.). Tratado de medicina interna de cães e gatos (p. 779). Koogan Guanabara.
Ferreira, A. J. A. (1989). Coleta, análise do líquido cefalorraquidiano e mielografia como meios complementares de diagnóstico. Revista Portuguesa de Ciências Veterinária, 14, 213–228.
Garosi, L. & Lowrie, M. (2013). The neurological examination. In BSAVA Manual of Canine and Feline Neurology (pp. 1–24). BSAVA Library. https://doi.org/10.1093/ONS/OPZ066.
Griffin, J. F., Levine, J. M., Levine, G. J. & Fosgate, G. T. (2008). Meningomyelitis in dogs: A retrospective review of 28 cases (1999 to 2007). Journal of Small Animal Practice, 49(10), 509–517. https://doi.org/10.1111/j.1748-5827.2008.00588.x.
Gunn-Moore, D. A. (2011). Cognitive dysfunction in cats: clinical assessment and management. Topics in Companion Animal Medicine, 26(1), 17–24.
Jericó, M. M., Andrade Neto, J. P. & Kogika, M. M. (2015). Tratado de medicina interna de cães e gatos. Roca Ltda.
Negrin, A., Lamb, C. R., Cappello, R. & Cherubini, G. B. (2007). Results of magnetic resonance imaging in 14 cats with meningoencephalitis. Journal of Feline Medicine and Surgery, 9(2), 109–116. https://doi.org/10.1016/j.jfms.2006.09.001.
Nessler, J., Wohlsein, P., Junginger, J., Hansmann, F., Erath, J., Söbbeler, F., Dziallas, P. & Tipold, A. (2020). Meningoencephalomyelitis of unknown origin in cats: a case series describing clinical and pathological findings. Frontiers in Veterinary Science, 7, 291. https://doi.org/10.3389/fvets.2020.00291.
Olby, N. (2010). The pathogenesis and treatment of acute spinal cord injuries in dogs. Veterinary Clinics: Small Animal Practice, 40(5), 791–807.
Penderis, J. (2013). Disorders of eyes and vision. In BSAVA Manual of Canine and Feline neurology (pp. 167–194). BSAVA Library. https://doi.org/10.22233/9781910443125.10.
Queiroz, J. P. A. F. (2008). Criptococose-Uma revisão bibliográfica. Acta Veterinaria Brasilica, 2(2), 32–38.
Sóila, R. (2014). Análise do líquido cefalorradiano. In M. M. Jericó, M. M. Kogika, & J. P. Andrade Neto (Eds.), Tratado de medicina interna de cães e gatos. Koogan Guanabara.
Summers, B. A., Cummings, J. F. & De Lahunta, A. (1995). Veterinary Neuropathology. Mosby-Year Book. Mosby Year Book.
Thomson. (2012). The neurologic examination and lesion localization. In Veterinary neuroanatomy a clinical approach (pp. 123–136). Saunders Elsevier.
Thomson, C. E., Kornegay, J. N. & Stevens, J. B. (1990). Analysis of cerebrospinal fluid from the cerebello medullary and lumbar cisterns of dogs with focal neurologic disease: 145 cases (1985-1987). Journal of the American Veterinary Medical Association, 196(11), 1841–1844.
Tipold, A. (2009). Treatment of primary central nervous system inflammation (encephalitis and meningitis). In J. D. Bonagura & D. C. Twedt (Eds.), Kirk’s current veterinary therapy (pp. 1070–1074). Sauders Elsevier.
Young, B. (2008). Encephalitis/Meningoencephalites. In W. Mai (Ed.), Diagnostic MRI in dogs and cats (p. 196). Taylor & Francis Group.
Zarfoss, M., Schatzberg, S., Venator, K., Cutter‐Schatzberg, K., Cuddon, P., Pintar, J., Weinkle, T., Scarlett, J. & Delahunta, A. (2006). Combined cytosine arabinoside and prednisone therapy for meningoencephalitis of unknown aetiology in 10 dogs. Journal of Small Animal Practice, 47(10), 588–595. https://doi.org/10.1111/j.1748-5827.2006.00172.x.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Isabella Michels Caravalho, Lara Zanetti Patella, Tiago Luís Morgenstern, Newton Rafael Bastos, Rochelle Gorczak
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Você tem o direito de:
Compartilhar — copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato
Adaptar — remixar, transformar, e criar a partir do material para qualquer fim, mesmo que comercial.
O licenciante não pode revogar estes direitos desde que você respeite os termos da licença. De acordo com os termos seguintes:
Atribuição
— Você deve dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas. Você deve fazê-lo em qualquer circunstância razoável, mas de nenhuma maneira que sugira que o licenciante apoia você ou o seu uso. Sem restrições adicionais
— Você não pode aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita.
