Erliquiose e anaplasmose em estado de latência pós-tratamento terapêutico em cadela: Relato de caso

Autores

DOI:

https://doi.org/10.31533/pubvet.v17n10e1464

Palavras-chave:

anaplasma, cadela, ehrlichia, latência

Resumo

A coinfecção de erliquiose e anaplasmose é uma afecção comum na clínica de pequenos animais, transmitidas principalmente pelo carrapato Rhipicephalus sanguineus, podendo provocar diversos sinais clínicos graves, incluindo a evolução para óbito. Foi realizado um atendimento de rotina em uma cadela da raça Lhasa Apso, com cinco anos de idade, pesando 5,6 kg, domiciliada no município de Salto, no estado de São Paulo, durante anamnese tutora relata que animal foi tratado anteriormente para hemoparasitose, se recuperando dos sinais clínicos há mais de 24 meses, fazendo uso de Afoxolaner periodicamente desde então. No exame físico foi constatada temperatura corpórea de 38°C, mucosas normocoradas, frequências cardíaca e respiratória dentro dos padrões de normalidade, com 2 segundos de tempo de preenchimento capilar (TPC), não apresentou níveis de desidratação, alterações nos linfonodos ou sensibilidade à dor abdominal. Foi realizado hemograma que indicou discretas alterações na série vermelha e trombocitopenia e enviado material para diagnóstico de hemoparasitose através da técnica Reação em Cadeia da Polimerase (PCR), que se concluiu positivo para Ehrlichia spp e Anaplasma spp. O tratamento específico foi feito com doxiciclina e dipropionato de Imidocarb. Durante o tratamento foi feito novo hemograma que indicou melhora nas alterações e dois meses após o início do tratamento foi realizado nova PCR onde os resultados concluíram-se negativos para os agentes infecciosos.

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Publicado

28-09-2023

Edição

Seção

Medicina veterinária

Como Citar

Erliquiose e anaplasmose em estado de latência pós-tratamento terapêutico em cadela: Relato de caso. (2023). Pubvet, 17(10), e1464. https://doi.org/10.31533/pubvet.v17n10e1464

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