Erliquiose e anaplasmose em estado de latência pós-tratamento terapêutico em cadela: Relato de caso
DOI:
https://doi.org/10.31533/pubvet.v17n10e1464Palavras-chave:
anaplasma, cadela, ehrlichia, latênciaResumo
A coinfecção de erliquiose e anaplasmose é uma afecção comum na clínica de pequenos animais, transmitidas principalmente pelo carrapato Rhipicephalus sanguineus, podendo provocar diversos sinais clínicos graves, incluindo a evolução para óbito. Foi realizado um atendimento de rotina em uma cadela da raça Lhasa Apso, com cinco anos de idade, pesando 5,6 kg, domiciliada no município de Salto, no estado de São Paulo, durante anamnese tutora relata que animal foi tratado anteriormente para hemoparasitose, se recuperando dos sinais clínicos há mais de 24 meses, fazendo uso de Afoxolaner periodicamente desde então. No exame físico foi constatada temperatura corpórea de 38°C, mucosas normocoradas, frequências cardíaca e respiratória dentro dos padrões de normalidade, com 2 segundos de tempo de preenchimento capilar (TPC), não apresentou níveis de desidratação, alterações nos linfonodos ou sensibilidade à dor abdominal. Foi realizado hemograma que indicou discretas alterações na série vermelha e trombocitopenia e enviado material para diagnóstico de hemoparasitose através da técnica Reação em Cadeia da Polimerase (PCR), que se concluiu positivo para Ehrlichia spp e Anaplasma spp. O tratamento específico foi feito com doxiciclina e dipropionato de Imidocarb. Durante o tratamento foi feito novo hemograma que indicou melhora nas alterações e dois meses após o início do tratamento foi realizado nova PCR onde os resultados concluíram-se negativos para os agentes infecciosos.
Referências
Almosny, N. R. P., Massard, C. L., Labarthe, N. V, O’Dwyer, L. H., Souza, A. M., Alves, L. C., & Serrão, M. L. (2002). Hemoparasitoses em pequenos animais domésticos e como zoonoses. NDL F. Livros.
Bernardes, L. R. (2022). Coinfecção por Anaplasma platys e Ehrlichia canis em cão diagnosticado através da Sorologia: relato de caso. Revista Brasileira de Higiene e Sanidade Animal, 16(2), 1–11. https://doi.org/10.5935/1981-2965.20220012.
Damas, J. K. A. (2012). Erliquiose Canina: Revisão de Literatura. Universidade Paulista.
Ferreira, M. R. A., Freitas Filho, E. G., Dias, M., & Moreira, C. N. (2012). Prevalência, fatores de risco e associações laboratoriais para erliquiose monocítica canina. Enciclopédia Biosfera, 8(15), 1345–1356.
Garcia, D. A., Martins, K. P., Cortezi, A. M., & Gomes, D. E. (2018). Erliquiose e Anaplasmose Canina-Revisão de Literatura. Revista Científica, 1(1).
Holanda, L. C., Almeida, T. L. A. C., Mesquita, R. M., Oliveira Júnior, M. B., & Oliveira, A. A. F. (2019). Achados hematológicos em sangue e medula óssea de cães naturalmente infectados por Ehrlichia spp. e Anaplasma spp. Ciência Animal Brasileira, 20, 1–12. https://doi.org/10.1590/1809-6891v20e-47686.
Isola, J. G. M. P., Cadioli, F. A., & Nakage, A. P. (2012). Erliquiose canina–revisão de literatura. Revista Científica Eletrônica de Medicina Veterinária, 18, 1–11.
Mendonça, C. S., Mundim, A. V., Costa, A. S., & Moro, T. V. (2005). Erliquiose canina: Alterações hematológicas em cães domésticos naturalmente infectados. Bioscience Journal, 21(1), 167–174. https://doi.org/.
Meneses, Í. D. S., Souza, B. M. P. S., Teixeira, C. M. M., & Guimarães, J. E. (2008). Perfil clínico-laboratorial da erliquiose monocítica canina em cães de Salvador e região metropolitana, Bahia. Revista Brasileira de Saúde e Produção Animal, 9(4), 770–776.
Moreira, S. M., Bastos, C. V, Araújo, R. B., Santos, M., & Passos, L. M. F. (2003). Estudo retrospectivo (1998 a 2001) da erliquiose canina em Belo Horizonte. Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia, 55, 141–147.
Mota, N. M., Ramaldes, F. M., & Leal, D. R. (2019). Retrospective study of erliqiose canines cases. 1, 1–14.
Nelson, R., & Couto, C. G. (2015). Medicina interna de pequenos animais (3.ed.). Elsevier Brasil.
Piratae, S., Senawong, P., Chalermchat, P., Harnarsa, W., & Sae-Chue, B. (2019). Molecular evidence of Ehrlichia canis and Anaplasma platys and the association of infections with hematological responses in naturally infected dogs in Kalasin, Thailand. Veterinary World, 12(1), 131–135. https://doi.org/10.14202/vetworld.2019.131-135.
Portela, V. A. B., Santos, C. P., Santos, E. S. C., Queiroz, I. M., Ramos, C. P. S., Lima, T. M., Almeida, B. F., Vieira, A. M., & Maia, R. C. C. (2021). Diagnóstico comparativo de Ehrlichia spp. para construção de soroteca. PUBVET, 15(11), 1–6. https://doi.org/10.31533/pubvet.v15n11a957.1-6.
Rikihisa, Y. (1991). The tribe Ehrlichieae and ehrlichial diseases. Clinical Microbiological Reviews, 4(3), 286–308. https://doi.org/10.1128/CMR.4.3.286.
Sousa, E. Jú. N., Ferreira, N. L., Sousa, M. C. F., Silva, P. O., Pereira Júnior, J. R., Costa, M. S., & Magalhães, P. C. (2021). Coinfecção de anaplasmose e erliquiose: Relato de caso. PUBVET, 15(5), 1–6. https://doi.org/10.31533/pubvet.v15n05a818.1-6.
Spinosa, H. S. S., Górniak, S. L., & Bernardi, M. M. (2017). Farmacologia aplicada à medicina veterinária. Koogan Guanabara.
Stella, A. E., Silva, V. L. D., Moreira, C. N., Júnior, S. A. R., Lima, D. A., & Schimmunech, M. S. (2021). Aspectos epidemiológicos e hematológicos de cães infectados com Ehrlichia sp e Anaplasma sp em Jataí-GO, Brasil. Veterinária e Zootecnia, 28, 1–11. https://doi.org/10.35172/rvz.2021.v28.526.
Stival, C., Suzuki, E. A. S., Oliveira, I. G., & Carmo, V. F. (2021). Erliquiose monocitotrópica canina: Revisão. PUBVET, 15(1), 1–7. https://doi.org/10.31533/pubvet.v15n01a734.1-7.
Tresamol, P. V, Dhinakaran, M., & Saseendranath, M. R. (1995). Clinico-haematological and biochemical studies on Ehrlichia canis infection in dogs. Journal of Veterinary and Animal Sciences, 26(2), 113–116.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Keyla Franco Guimarães Spinelli, Alisson Barros de Menezes, Nathalia Rodrigues Branco Borgatto, Helder Marcos Xavier, Telma Renata Pires Fernandes, Denise de Fátima Rodrigues
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Você tem o direito de:
Compartilhar — copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato
Adaptar — remixar, transformar, e criar a partir do material para qualquer fim, mesmo que comercial.
O licenciante não pode revogar estes direitos desde que você respeite os termos da licença. De acordo com os termos seguintes:
Atribuição
— Você deve dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas. Você deve fazê-lo em qualquer circunstância razoável, mas de nenhuma maneira que sugira que o licenciante apoia você ou o seu uso. Sem restrições adicionais
— Você não pode aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita.