Importância do colostro na espécie equina

Autores

  • Isadora Novelli de Alcantara Centro Universitário da Fundação de Ensino Octavio Bastos
  • Vitória de Paula Alvarenga Centro Universitário da Fundação de Ensino Octavio Bastos
  • Raimundo Nonato Rabelo Centro Universitário da Fundação de Ensino Octavio Bastos https://orcid.org/0000-0002-3561-6126

DOI:

https://doi.org/10.31533/pubvet.v17n8e1429

Palavras-chave:

amemantação, anticorpos, colostro, genitoras, lactação

Resumo

Com o crescimento da equinocultura no Brasil, tornou-se imprescindível o conhecimento sobre a espécie equina e suas particularidades. E para que os cavalos atinjam a vida adulta de forma saudável e se tornem aptos para as suas diversas finalidades, não é desconhecido o fato de que alguns cuidados com os recém-nascidos são cruciais, como a imunização passiva pelo colostro materno. Os potros nascem extremamente sensíveis, pois não adquirem imunoglobulinas durante a vida fetal, devido as características da placenta da égua que não permite essa troca. Portanto, são dependentes da imunidade adquirida no pós-parto pelo colostro de qualidade. Isso deve ser garantido desde a saúde da matriz durante a gestação, por meio de manejo sanitário e profilático adequado, manejo ambiental e controle nutricional apropriado para cada fase gestacional. Além disso, os criadores e tratadores desses animais devem estar sempre atentos com a sucção da primeira secreção, pois a taxa de absorção colostral vai diminuindo gradativamente no período pós-parto. O cuidado com o colostro começa muito antes do nascimento do neonato e só termina quando se torna imunocompetente.

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Publicado

08-08-2023

Edição

Seção

Reprodução animal

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