Alterações hematológicas e bioquímicas em cadela com hiperadrenocorticismo e diabetes mellitus: Relato de caso

Autores

  • Marcos Roberto Freitas Universidade do Grande Rio
  • Natália Lemos Universidade do Grande Rio
  • Thereza Vasconcelos Universidade do Grande Rio

DOI:

https://doi.org/10.31533/pubvet.v16n10a1236.1-9

Palavras-chave:

Bioquímica, cushing, endocrinologia, hematologia, síndrome

Resumo

O objetivo deste trabalho foi relatar o caso de uma cadela sem raça definida, 12 anos de idade, diagnosticada com hiperadrenocorticismo e diabetes mellitus concomitantes, com foco nas alterações laboratoriais. O hiperadrenocorticismo é uma endocrinopatia crônica que afeta principalmente cães idosos, caracterizando-se por elevadas quantidades de cortisol na corrente sanguínea, com predisposição ao desenvolvimento de diabetes mellitus secundária. Para um diagnóstico preciso, além do exame físico, deve-se dispor de testes laboratoriais, como hemograma, bioquímica sérica, teste de indução por ACTH e teste de supressão por baixa dose de dexametasona. A terapêutica é baseada em fármacos que reduzem a produção de hormônios adrenais e no uso da insulina para controlar a glicemia. Na paciente deste relato, os sinais clínicos apresentados foram letargia, abdômen distendido, poliúria, polifagia, polidpsia, atrofia cutânea, teleangiectasia e mucosas hipercoradas. As principais alterações laboratoriais reportadas foram na leucometria com eosinopenia e linfopenia, no eritrograma, com anemia normocítica hipocrômica, na bioquímica sérica, com hipercolesterolemia e elevados níveis de enzimas hepáticas, no exame de elementos anormais e sedimentoscopia urinária, com intensa glicosúria, e no teste de supressão por baixa dose de dexametasona, com elevados níveis de cortisol. A paciente apresentou melhora no quadro clínico após o início do tratamento e acompanhamento diário, ao utilizar Trilostano, ômega 3 e insulina NPH. porém veio a óbito alguns meses mais tarde, provavelmente devido a resistência à insulina. Deve-se considerar para um melhor prognóstico, a importância de diagnosticar o hiperadrenocorticismo de forma precoce através dos testes laboratoriais, principalmente em pacientes geriátricos, preconizando exames de rotina. 

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Publicado

17-10-2022

Edição

Seção

Medicina veterinária

Como Citar

Alterações hematológicas e bioquímicas em cadela com hiperadrenocorticismo e diabetes mellitus: Relato de caso. (2022). Pubvet, 16(10). https://doi.org/10.31533/pubvet.v16n10a1236.1-9

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