Vulvovaginite por estrutura óssea no canal vaginal de cadela castrada: Relato de caso

Autores

  • Gabriela Silva Pontificia Universidade Catolica do Paraná
  • Suélen Dalegrave Universidade de Caxias do Sul
  • Eduardo Conceição Oliveira Universidade de Caxias do Sul
  • Laís Rezzadori Flecke Universidade de Caxias do Sul
  • Maria Cecilia de Lima Rorig Pontifícia Universidade Católica do Paraná
  • Carolain Schorr Daga Pontifícia Universidade Católica do Paraná
  • Elis Natacha Wendpap Pontifícia Universidade Católica do Paraná
  • Luana Baptista Azevedo Universidade de Caxias do Sul

DOI:

https://doi.org/10.31533/pubvet.v15n08a884.1-7

Palavras-chave:

Diagnóstico, estrutura radiopaca, radiografia, vaginite

Resumo

O sistema reprodutivo das fêmeas é considerado altamente importante para a sobrevivência da espécie. O objetivo deste trabalho é relatar o atendimento de uma cadela adulta castrada, com diagnóstico de estrutura óssea no canal vaginal, ocasionando vaginite e cistite recorrentes. A paciente chegou para atendimento com histórico de polaquiúria, secreção vulvar purulenta e lambedura excessiva da vulva há dois meses. No exame físico constatou-se mucosas normocoradas, frequência respiratória normal, sopro grau 3 à auscultação cardíaca e durante o toque vaginal apresentava bastante sensibilidade dolorosa. O diagnóstico foi realizado através de radiografia ventro dorsal de pelve, que revelou presença de três estruturas radiopacas no canal vaginal além do exame ultrassonográfico que evidenciou cistite. O tratamento se baseou na remoção manual das estruturas presentes, sob anestesia geral, com auxílio de um espéculo vaginal e pinça hemostática. Após o procedimento de remoção das estruturas ósseas, administrou-se na paciente por via intravenosa meloxicam (0,1 mg/kg); dipirona sódica (25 mg/kg) e enrofloxacina (10 mg/kg) por via subcutânea (SC). O material foi encaminhado para exame histopatológico em formol a 10%. No exame histopatológico notou-se a presença de matriz óssea mineralizada, associada a estrutura tecidual com morfologia de pele e restos de folículos pilosos e neles queratina. A paciente recebeu alta após a recuperação anestésica com prescrição de enrofloxacina 10 mg/kg SID, durante sete dias; meloxicam 0,1 mg/kg, SID, durante três dias e cloridrato de tramadol 4 mg/kg BID, durante cinco dias. Este trabalho demostra a importância do diagnóstico baseado nas informações alcançadas na anamnese, e no exame físico completo, considerando o exame ginecológico neste contexto, realizado pelo toque vaginal, além de outros mecanismos que são necessários para estabilização do paciente e correção da enfermidade, com propósito de obter melhora do quadro clínico e sucesso na terapêutica.

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Publicado

20-07-2021

Edição

Seção

Medicina veterinária

Como Citar

1.
Silva G, Dalegrave S, Oliveira EC, Flecke LR, Rorig MC de L, Daga CS, et al. Vulvovaginite por estrutura óssea no canal vaginal de cadela castrada: Relato de caso. Pubvet [Internet]. 20º de julho de 2021 [citado 22º de dezembro de 2024];15(08). Disponível em: https://ojs.pubvet.com.br/index.php/revista/article/view/245