Vulvovaginite por estrutura óssea no canal vaginal de cadela castrada: Relato de caso
DOI:
https://doi.org/10.31533/pubvet.v15n08a884.1-7Palavras-chave:
Diagnóstico, estrutura radiopaca, radiografia, vaginiteResumo
O sistema reprodutivo das fêmeas é considerado altamente importante para a sobrevivência da espécie. O objetivo deste trabalho é relatar o atendimento de uma cadela adulta castrada, com diagnóstico de estrutura óssea no canal vaginal, ocasionando vaginite e cistite recorrentes. A paciente chegou para atendimento com histórico de polaquiúria, secreção vulvar purulenta e lambedura excessiva da vulva há dois meses. No exame físico constatou-se mucosas normocoradas, frequência respiratória normal, sopro grau 3 à auscultação cardíaca e durante o toque vaginal apresentava bastante sensibilidade dolorosa. O diagnóstico foi realizado através de radiografia ventro dorsal de pelve, que revelou presença de três estruturas radiopacas no canal vaginal além do exame ultrassonográfico que evidenciou cistite. O tratamento se baseou na remoção manual das estruturas presentes, sob anestesia geral, com auxílio de um espéculo vaginal e pinça hemostática. Após o procedimento de remoção das estruturas ósseas, administrou-se na paciente por via intravenosa meloxicam (0,1 mg/kg); dipirona sódica (25 mg/kg) e enrofloxacina (10 mg/kg) por via subcutânea (SC). O material foi encaminhado para exame histopatológico em formol a 10%. No exame histopatológico notou-se a presença de matriz óssea mineralizada, associada a estrutura tecidual com morfologia de pele e restos de folículos pilosos e neles queratina. A paciente recebeu alta após a recuperação anestésica com prescrição de enrofloxacina 10 mg/kg SID, durante sete dias; meloxicam 0,1 mg/kg, SID, durante três dias e cloridrato de tramadol 4 mg/kg BID, durante cinco dias. Este trabalho demostra a importância do diagnóstico baseado nas informações alcançadas na anamnese, e no exame físico completo, considerando o exame ginecológico neste contexto, realizado pelo toque vaginal, além de outros mecanismos que são necessários para estabilização do paciente e correção da enfermidade, com propósito de obter melhora do quadro clínico e sucesso na terapêutica.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Gabriela Vanessa da Silva, Suélen Dalegrave, Eduardo Conceição de Oliveira, Laís Rezzadori Flecke, Luana Baptista de Azevedo, Carolain Schorr Daga, Elis Natacha Wendpap, Maria Cecilia de Lima Rorig
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Você tem o direito de:
Compartilhar — copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato
Adaptar — remixar, transformar, e criar a partir do material para qualquer fim, mesmo que comercial.
O licenciante não pode revogar estes direitos desde que você respeite os termos da licença. De acordo com os termos seguintes:
Atribuição
— Você deve dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas. Você deve fazê-lo em qualquer circunstância razoável, mas de nenhuma maneira que sugira que o licenciante apoia você ou o seu uso. Sem restrições adicionais
— Você não pode aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita.