Aspectos fisiopatológicos da mumificação fetal

Autores

  • Paula de Oliveira Braga
  • Rogério Magno do Vale Barroso

DOI:

https://doi.org/10.22256/pubvet.v8n15.1752

Palavras-chave:

reprodução, fisiopatologia, animais

Resumo

A mumificação fetal é uma alteração resultante da morte do feto, com a sua reabsorção incompleta, ocorrendo após a formação da placenta. Através de um mecanismo inespecífico de desidratação dos tecidos moles dos fetos, ocorre a deposição de cálcio nos tecidos do embrião. Seus relatos na literatura descrevem a ocorrência de mumificação nas mais diversas espécies animais, sendo mais frequente em bovinos. A morte dos fetos pode ocorrer por causas multifatoriais. Para instalação da patologia, faz-se necessário a ausência dos microrganismos que promovem a lise dos tecidos mortos, não ocorrendo assim a contaminação do ambiente uterino, desencadeando uma manifestação clínica associada, como a maceração. Desse modo os fetos que não são completamente reabsorvidos e acometidos por infecções bacterianas, apresentam-se mumificados. O processo de formação óssea se inicia no período fetal, desse modo, a mumificação do feto ocorrerá se o mesmo vir a óbito neste período.  Este espaço de tempo vai variar de acordo com a espécie, e com seu período de gestação e desenvolvimento embrionário. Determinar a etiologia dessa condição nem sempre é possível, devido à degeneração e autólise dos tecidos embrionários, geralmente tornando o feto mumificado inútil a análise bacteriana e viral. A realização de um bom manejo, em associação com medidas de biosseguridade faz-se imprescindível para controle dos índices de mumificação fetal.

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Publicado

09-09-2015

Edição

Seção

Reprodução animal

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