Pythium insidiosum em equino: Relato de caso
DOI:
https://doi.org/10.31533/pubvet.v12n12a223.1-6Palavras-chave:
cavalo, fungo, terapêutica, vacinaResumo
A pitiose é uma afecção granulomatosa crônica que acomete equinos e outras espécies como cães, bovinos, caprinos, felinos, animais silvestres e seres humanos. Ocorre em regiões de climas tropicais, subtropicais ou temperados, e em áreas com acúmulo de água, banhados e lagoas. O Brasil está entre os países tropicais como local endêmico de pitiose equina. O agente etiológico em mamíferos é um oomiceto do Reino Stramenopila, Filo Oomycota, Classe Oomycetes, Ordem Pythiales, Família Pyhtiaceae, Gênero Pythium, Espécie Pythium insidiosum. É um parasita de plantas aquáticas, que através de reprodução assexuada produz zoósporos que podem infectar os animais. Causa grandes prejuízos na equinocultura e o prognóstico da doença depende da extensão das lesões e comprometimento de estruturas como tendões, articulações e tecidos ósseos. É uma doença que provoca um quadro infeccioso na pele e região subcutânea, pode apresentar quadros sistêmicos, pulmonares, gastrointestinais, oculares, entre outros. A enfermidade em equinos caracteriza-se pela formação de granulomas eosinofílicos, com a presença de massas necróticas denominadas de “kunkers”. Os “kunkers” histologicamente apresentam-se como concreções eosinofílicas de tamanho variado, forma circular, contornos irregulares, compostas de hifas, colágeno, arteríolas e células inflamatórias. Muitos protocolos para tratamento têm sido utilizados: químicos (antifúngicos), cirúrgicos e de imunoterapia. O tratamento mais indicado para a cura da pitiose em equinos é a remoção cirúrgica do granuloma combinada com a imunoterapia. Porém, o tratamento é complicado devido a características singulares do agente que difere dos fungos verdadeiros na produção de zoósporos móveis e na composição de sua parede celular. Fungos verdadeiros possuem quitina em sua parede, enquanto o Pythium contém celulose e β-glucanas, o que dificulta a penetração dos fármacos. Neste trabalho, propõe-se relatar um caso de pitiose diagnosticado em um equino atendido no Hospital de Clínicas Veterinárias (HCV) da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul). Observou-se um tratamento longo, dispendioso, com complicações e reações adversas no local de aplicação do imunoterápico. Contudo, a terapia foi eficiente na diminuição da lesão, melhora do quadro infeccioso da pele e região subcutânea.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2018 Débora Zaro, Cristine Bitencourt Redivo, Bárbara Alibio Moraes, Flávia Umpierre Bueno, Carlos Afonso de Castro Beck, André Luiz de Araújo Rocha
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Você tem o direito de:
Compartilhar — copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato
Adaptar — remixar, transformar, e criar a partir do material para qualquer fim, mesmo que comercial.
O licenciante não pode revogar estes direitos desde que você respeite os termos da licença. De acordo com os termos seguintes:
Atribuição
— Você deve dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas. Você deve fazê-lo em qualquer circunstância razoável, mas de nenhuma maneira que sugira que o licenciante apoia você ou o seu uso. Sem restrições adicionais
— Você não pode aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita.