Diabetes mellitus em cães

Autores

  • Marcos Boaretto Universidade Anhembi Morumbi

DOI:

https://doi.org/10.31533/pubvet.v16n03a1051.1-8

Palavras-chave:

Cães, Diabetes mellitus, hiperglicemia, polidipsia

Resumo

O objetivo deste estudo é agregar informações úteis sobre o tema, buscar mais clareza sobre as definições da Diabetes Mellitus (DM) em cães e explorar o que já se tem de concreto em relação ao diagnóstico e tratamento. A DM é uma enfermidade endócrina associada ao hormônio insulina, responsável por controlar os níveis de glicose no sangue. Sua incidência em cachorros pode chegar à 1 em cada 100 animais da população, onde fêmeas representam até 70% dos casos. O diagnóstico tardio eleva a mortalidade da doença para 50%. Sua etiologia ainda precisa ser definida, mas é irrefutável que sua origem é multifatorial. Há o mesmo consenso sinalizando que os genes que envolvem o sistema imune são fortemente associados com a predisposição de DM. A insulina é um hormônio pancreático secretado pelas células ß, que são ativadas após os níveis séricos de glicose estarem altos. Sua ação reduz os níveis de glicose sérica fazendo-a penetrar na célula. A perda da homeostase glicêmica acarreta um desequilíbrio nas funções orgânicas que ao ultrapassar certos limites será perceptível através de manifestações clínicas. Os principais sinais percebidos são poliúria, polidipsia compensatória, polifagia, emaciação e cetoacidose diabética, dentre outros. A avaliação de exames laboratoriais quando há a suspeita de DM deve incluir a mensuração da glicemia e exame de urina tipo I. A enfermidade não tem cura, portanto, é imprescindível que o paciente diagnosticado siga um tratamento e dessa maneira aumente sua expectativa e qualidade de vida. As fontes de insulina derivam de uma combinação bovina e suína purificada e até de uma recombinação com a insulina humana. A discussão sobre o número de doses diárias, uma ou duas, não está encerrada; porém, estudos revelam melhores resultados no controle glicêmico com dosagem de insulina duas vezes ao dia, enquanto episódios de hipoglicemia aparecem mais vezes nos pacientes que receberam apenas uma dose por dia.

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Publicado

07-04-2022

Edição

Seção

Medicina veterinária