Acromegalia em felinos

Autores

  • Bruna Souza Telles Centro Universitário das Américas
  • Patrícia Franciscone Mendes Centro Universitário das Américas

DOI:

https://doi.org/10.31533/pubvet.v18n10e1674

Palavras-chave:

Acromegalia, somatotrofina, hipersomatotropismo, glândula pituitária

Resumo

A acromegalia em felinos ocorre principalmente devido a um adenoma hipofisário de células somatotrópicas, e apresenta evolução lenta e progressiva, responsável por aumentar a produção e secreção do hormônio do crescimento (GH). Essa afecção é frequente em gatos machos domésticos senis ou adultos, castrados e de pelo curto. A fisiopatologia se deve ao excesso de liberação do GH na região da adenohipófise, cuja síntese é regulada pelo hormônio liberador de hormônio do crescimento (GHRH) e a somatostatina, responsáveis, respectivamente, por estimular ou inibir o eixo de secreção. A ação anabólica do GH é responsável por aumentar a secreção de IGF-1, principal responsável pelos sinais clínicos de acromegalia, como o crescimento corporal e organomegalia. O efeito catabolizante refere-se à resistência insulínica. Os sinais clínicos podem estar associados a uma Diabetes Mellitus (DM) secundária, ganho de peso, crescimento exacerbado de diversos tecidos e sinais neurológicos conforme o crescimento da massa tumoral. O diagnóstico da doença pode ser realizado por meio de exames laboratoriais, de imagem e endócrinos como o imunoensaio específico para GH ou/e do fator de crescimento semelhante à insulina tipo 1 (IGF-1). O tratamento baseia-se no controle da DM que se desenvolve de forma secundária, bem como na tentativa de diminuir ou até inibir o excesso de liberação do GH. O tratamento pode ser realizado com fármacos análogos da somatostatina e agonista de dopamina. Também pode ser preconizado o uso da radioterapia estereotáxica, com resultados favoráveis para diminuição do tumor, bem como a técnica cirúrgica de hipofisectomia transfenoidal, a qual apresenta melhor resultado diante das demais técnicas, porém trata-se de um procedimento cirúrgico complexo. Este estudo tem como objetivo informar os médicos veterinários sobre esta afecção endócrina, os principais diagnósticos e tratamentos reconhecidos atualmente, enfatizando a necessidade de estabelecer um diagnóstico diferencial para a DM de difícil controle.

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Publicado

07-10-2024

Edição

Seção

Medicina veterinária

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