Bem-estar e epidemiologia de estereotipias em equinos expostos em feira agropecuária
DOI:
https://doi.org/10.31533/pubvet.v16nsup1.a1304.1-6Palavras-chave:
Comportamento, conforto ambiental, equinocultura, instalaçõesResumo
O experimento foi conduzido no Parque de Exposição Pedro Felício Cavalcante, localizado no município do Crato, Ceará, durante a 86º edição da Exposição Agropecuária do Crato (Expocrato) nos dias 13 a 21 de julho de 2019. O objetivo avaliar o bem-estar dos animais expostos para comercialização. Foram examinados 20 cavalos, todos machos, de faixa etária entre três a seis anos, durante nove dias. Os animais estavam sendo mantidos em baias de alvenaria de 2,0 x 3,0 m durante os nove dias de exposição. As variáveis climáticas foram obtidas a partir de um termo-higrômetro (AK28 new). Os equinos foram inspecionados a cada 30 minutos, distribuídos para todos os animais durante nove dias, no período entre 7,00 e 17,00 horas, para observar o comportamento durante o pico de pessoas na feira. Foram observados o tipo e a repetibilidade das estereotipias, o índice de temperatura e umidade (ITU) e as instalações. As estereotipias analisadas foram: coprofagia, lambeduras de cochos, paredes e correntes, movimentos verticais de cabeça, morder madeira, aerofagia, coicear a baía, balanço lateral do corpo, escavação com as patas, andar em círculos e atitude agressiva. As estereotipias mais observadas foram a atitude agressiva (60%), morder corrente ou madeira (40%) e aerofagia (25%). A agressividade foi observada com maior frequência durante a tarde, correspondendo ao intervalo de tempo com a maior circulação de pessoas no parque. A lambedura de cochos e correntes ocorria prevalentemente durante a tarde, entre os intervalos das refeições. A aerofagia ocorria com prevalência durante a manhã. Esse comportamento pode ser oriundo do estresse e da falta de atividades físicas, uma vez que os animais só saiam da baía para banhos. Os valores do ITU foram maiores nos primeiros dias de exposição. O ITU já se apresentava crítico no início das avaliações com média de 73 e se estendeu até os últimos dias de exposição, indicando que os animais poderiam apresentar desconforto térmico acentuado. Entre as condições de manejo, instalações e climatologia, foram identificados fatores de risco importantes, os quais são danosos para os equinos, do modo que impossibilitam o conforto ambiental e climático dos animais. Concluiu-se que as estereotipias em equinos expostos na Exposição Agropecuária do Crato são diversas e frequentes e as instalações e os protocolos de interação animal/visitantes não proporcionam conforto aos animais.
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