Atenuação de shunt gastrocaval direito extra-hepático com banda de celofane em cão: Relato de caso
DOI:
https://doi.org/10.31533/pubvet.v16n10a1249.1-11Palavras-chave:
Pug, anomalia vascular, oclusão gradual, desvio portossistêmico congênitoResumo
O shunt portossistêmico congênito extra-hepático é uma anomalia vascular que consiste na comunicação entre a circulação portal e a sistêmica, fazendo com que substâncias normalmente metabolizadas e excretadas pelo fígado sejam desviadas diretamente para a circulação sistêmica e desencadeiem alterações nos sistemas neurológico, gastrointestinal e urinário. O diagnóstico se dá através de exames de imagem, como ultrassonografia e tomografia computadorizada. Para estabilização do paciente, é muito indicado o tratamento clínico inicial, especialmente para os que manifestam sinais de encefalopatia hepática, e o tratamento definitivo é a atenuação cirúrgica gradual. As técnicas mais indicadas atualmente para a oclusão do shunt são o anel constritor ameróide e a banda de celofane, os quais têm bons resultados a longo prazo. O prognóstico dos pacientes submetidos ao procedimento cirúrgico varia de acordo com o estado geral do paciente no momento do diagnóstico e as complicações que podem ocorrer no trans e pós-operatório, como hipertensão portal, convulsões, hipoglicemia e falha no fechamento do shunt. Este trabalho tem como objetivo relatar um caso de atenuação cirúrgica de shunt gastrocaval direito extra-hepático utilizando a técnica com banda de celofane. O paciente canino, Pug, com oito meses de idade, foi atendido no Hospital Veterinário da Universidade Federal do Paraná apresentando sinais clínicos neurológicos e com diagnóstico prévio de shunt portossistêmico. Para determinar a origem do vaso anômalo e otimizar o planejamento cirúrgico, foi indicada angiotomografia computadorizada. O tratamento clínico foi instituído e, após 15 dias, foi performada a atenuação cirúrgica do shunt utilizando a banda de celofane fixada com clipes de titânio. O paciente apresentou sinais de hipertensão portal, ascite e hipoglicemia pós-operatórias, as quais foram tratadas no período de internação. Após 15 dias da alta hospitalar, o paciente retornou ao Hospital Veterinário com bom estado geral, ausência de ascite e sinais neurológicos e não foram evidenciadas alterações significativas nos exames laboratoriais, demonstrando a eficácia da técnica cirúrgica escolhida.
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Copyright (c) 2022 Petra Cavalcanti Germano, Jéssica Martinelli Victorino, Luciana de Castro Barcelos, Jaqueline Gembarowski, Peterson Triches Dornbusch, Roberta Carareto
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