Esporotricose canina: Relato de caso

Autores

  • Fátima Mendes Divisão de Vigilância em Zoonoses, Coordenadoria de Vigilância em Saúde/SMS/SEABEVS, Prefeitura do Município de São Paulo
  • Juliana Anaya SINHORINI Divisão de Vigilância em Zoonoses, Coordenadoria de Vigilância em Saúde/SMS/SEABEVS, Prefeitura do Município de São Paulo.
  • Tamara Leite CORTEZ Divisão de Vigilância em Zoonoses, Coordenadoria de Vigilância em Saúde/SMS/SEABEVS, Prefeitura do Município de São Paulo.

DOI:

https://doi.org/10.31533/pubvet.v16n08a1184.1-5

Palavras-chave:

Esporotricose, Sporothrix, itraconazol

Resumo

A esporotricose é uma zoonose fúngica que pode acometer diversas espécies de animais. O presente relato refere-se a um cão da raça Shih-tzu, fêmea, um ano, domiciliado, que apresentava aumento de volume nasal com despigmentação, secreção serossanguinolenta, espirros e dispneia inspiratória. Após descartada a suspeita de neoplasia por histopatológico, que apresentou resultado compatível com rinite linfoplasmocítica discreta, o paciente foi encaminhado para consulta com imunologista. Para realização de diagnóstico diferencial compareceu à Divisão de Vigilância de Zoonoses de São Paulo, onde foi coletado material das narinas por meio de swab para cultura fúngica, positiva para Sporothrix spp. O cão não tinha histórico de contato com animais com esporotricose, sendo que a principal suspeita de infecção foi por meio da terra de um vaso de plantas, localizado na residência. O tratamento foi realizado com Itraconazol 10 mg/kg SID por 11 semanas, e mantido por mais 10 semanas após remissão total da lesão. Após duas semanas da suspensão do antifúngico, o animal retornou com aumento de volume nasal e dispneia, sendo necessário reinício do tratamento com o itraconazol, com remissão total da lesão após 12 semanas. O clínico veterinário deve estar atento ao contexto epidemiológico da região, incorporar em sua rotina a esporotricose como diagnóstico diferencial frente a um quadro de lesões cutâneas e acompanhar o paciente após a suspensão do tratamento para avaliar possível recidiva.

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Publicado

25-07-2022

Edição

Seção

Medicina veterinária