Avaliação in vitro da atividade hemolítica de isolados clínicos e ambientais de fungos dermatófitos
DOI:
https://doi.org/10.31533/pubvet.v15n04a786.1-6Palavras-chave:
dermatofitose, exoenzimas, geofílicos, hemolisina, imunidadeResumo
Os dermatófitos são fungos queratinolíticos responsáveis pela dermatofitose, micose superficial zoonótica transmitida através do contato direto, raramente capaz de penetrar tecidos profundos de indivíduos imunocompetentes. Dentre os fatores de virulência dos dermatófitos estão enzimas extracelulares e fatores não-enzimáticos, como a produção de hemolisinas. Objetivou-se investigar a capacidade de produção in vitro de atividade hemolítica por dermatófitos, contribuindo para o estudo da patogênese da dermatofitose e para o desenvolvimento de terapias e estratégias profiláticas mais eficazes. Foram utilizadas 32 amostras dentre isolados clínicos e ambientais de fungos dermatófitos, sendo elas: Nannizzia gypsea, Nannizzia nana, Microsporum canis e Trichophyton spp. Os fungos trabalhados foram obtidos a partir de isolamento ambiental pela técnica de Vanbreuseghem e de casos clínicos por amostras encaminhadas ao Laboratório de Diagnóstico Microbiológico Veterinário da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, sendo mantidos em meio seletivo para fungos patogênicos, incubados a 28° por até 30 dias. O ensaio da produção de hemolisina foi realizado em placas com ágar base para sangue suplementado com 5% de sangue ovino. Após inoculação, as amostras foram incubadas a 25°C e, posteriormente, a 37°C, sendo monitoradas diariamente. A atividade hemolítica foi verificada macroscopicamente na presença de uma zona transparente de degradação de substrato ao redor da colônia. A 25°C, aproximadamente 78% das amostras apresentaram resultados positivos para atividade hemolítica, e 91% de amostras foram positivas quando empregou-se a temperatura de 37°C. As amostras de dermatófitos possuem capacidade de produção de hemolisinas in vitro, o que sugere a capacidade de diminuição da resposta imune celular dos hospedeiros. Sugere-se estudos in vivo para o melhor entendimento destes mecanismos.
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