Uso de pele de tilápia em disjunção de sínfise mandibular em felino: Relato de caso
DOI:
https://doi.org/10.31533/pubvet.v15n05a824.1-8Palavras-chave:
Oreochromis niloticus, pós-operatório, queimadura, sínfise mentoniana, trauma.Resumo
Os traumas mandibulares são comuns em pequenos animas e a região mais acometida em gatos é a sínfise mentoniana. Com o impacto traumático o animal apresenta um quadro de lesões com descontinuidade de tecidos anatômicos e celular, levando a fraturas expostas e não expostas. Como opções terapêuticas há métodos cirúrgicos como pino intramedular, fixação esquelética externa, cerclagem e o uso de acrílicos e placas ósseas. Para a região lesionada o indicado é o uso de curativos baratos e flexíveis proporcionando conforto e bem-estar ao paciente, para que no final alcance a consolidação da sínfise e restabeleça funcionalidade oral ao animal. Logo, surge como alternativa de material biológico, o uso da pele de tilápia do Nilo, fornecendo todas as características que o animal necessita para reepitelização, conforto, flexibilidade, excelente aderência e redução de perdas hidroeletrolíticas. Portanto esse trabalho visa relatar o uso da pele de tilápia do Nilo associado à pomada Dersani® como curativo oclusivo temporário em disjunção de sínfise mandibular após necrose epitelial, em um felino, SRD de aproximadamente 4 meses de idade. A pele foi previamente preparada no Centro Universitário do Cerrado (UNICERP), em laboratório estéril. Para isso utilizou-se solução de clorexidina dergemante a 2% e solução fisiológica 0,9%. Repetiu-se a técnica por 3 vezes, sempre removendo todo material da couraça que não seria utilizado, preservando as escamas e o couro do produto. Após a higienização, o material foi embalado, identificado e armazenado na geladeira para refrigeração, utilizando como meio de armazenamento 80% de solução fisiológica e 20% de glicerina. Em seguida, foi mensurado o tamanho das bordas com o uso de um paquímetro e posteriormente foi higienizado o local da lesão e escarificado para colocação do material biológico. A pele de tilápia foi trocada a cada 3-4 dias, sempre verificando a evolução da ferida e a presença de infecções e inflamações, durante aproximadamente 17 dias. Em suma, observamos a evolução da ferida que permanecia sempre limpa e livre de infecções, deixando o animal calmo e com bem-estar. A técnica demonstrou ser efetiva, trazendo agilidade no pós-operatório e monetariamente mais viável ao proprietário.
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Copyright (c) 2021 Francielli Lara Machado, Danielle Cristine Borges da Silva, Carla dos Santos Taveira, Francielle Aparecida Sousa
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