Desempenho reprodutivo e produtivo de um rebanho Gir leiteiro
DOI:
https://doi.org/10.22256/pubvet.v5n29.1188Palavras-chave:
Idade ao primeiro parto, intervalo de partos, período de gestação, produção de gordura, produção de leite.Resumo
A raça Gir é utilizada visando produtividade e rusticidade frente às adversidades de meio. O ganho genético em características de interesse econômico depende das eficiências reprodutiva e produtiva. Neste contexto, a adoção de metodologia estatística aplicada a bancos de dados estabelecidos por escrituração zootécnica torna-se indispensável ao conhecimento do desempenho reprodutivo e produtivo de rebanhos. Desta forma é possível avaliar o quadro existente e propor soluções às deficiências detectadas. As informações utilizadas originaram-se da escrituração zootécnica adotada na Fazenda 5R, Conceição das Alagoas-MG, referentes ao período de junho de 2004 a outubro de 2009. A propriedade é integrada à Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) e à Associação Brasileira dos Criadores de Gir Leiteiro (ABCGIL). Foi utilizado o programa estatístico SAS (1998) e o programa Excel da Microsoft (1997) para a formação de arquivos, consistência e análise descritiva dos dados. Assim, procurou-se neste estudo avaliar estatísticas descritivas de variação envolvendo características reprodutivas e produtivas de um rebanho Gir Leiteiro, tendo como base o controle zootécnico informatizado adotado na propriedade, propondo conhecer o perfil do comportamento reprodutivo e produtivo do mesmo. A média obtida para a idade ao primeiro parto foi de 1560,04 dias (52 meses), desvio-padrão de 478,65 dias (15,95 meses), sendo o valor mais freqüente de 1453 dias (48,43 meses), coeficiente de variação de 31%, em 56 observações processadas. A média constatada para intervalo de partos foi de 509,50 dias (16,98 meses), desvio-padrão de 112,50 dias (3,73 meses), sendo o valor mais freqüente de 566 dias, coeficiente de variação de 22%, em 101 observações processadas. A média e o desvio-padrão da duração do período de gestação foram de 281,80 ± 6,63 dias (9,39 ± 0,22 meses), sendo o valor mais freqüente de 285 dias (9,5 meses), coeficiente de variação de 2%, em 99 registros analisados. A média obtida para a produção de leite em 305 dias de lactação foi de 2636,18kg, desvio-padrão de 1248,18kg, coeficiente de variação de 47%, em 198 lactações processadas. A média e desvio-padrão observados para produção de gordura em 305 dias de lactação foram de 76,90 ± 39,11kg, coeficiente de variação de 51%, em 99 lactações analisadas. A idade média ao primeiro parto mostrou-se excessivamente tardia e o intervalo médio de partos, demasiadamente longo, com possíveis reflexos na lucratividade da exploração; o período médio de gestação mostrou-se ligeiramente inferior aos geralmente relatados na literatura e apresentou a existência de pequena amplitude de variabilidade fisiológica entre indivíduos, visto ser uma característica quantitativa fenotipicamente pouco variável; a produção de leite em 305 dias de lactação revelou um desempenho satisfatório do comportamento produtivo do rebanho, o mesmo não ocorrendo para a produção de gordura em 305 dias de lactação. Este desempenho da produção de leite em 305 dias de lactação pode ser considerado satisfatório levando-se em conta a raça envolvida e algumas deficiências detectadas no manejo geral de criação.
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Copyright (c) 2011 Danilo Fernandes Campos, Josiane Cristina do Carmo Silva, Karina Puggina Barbosa, Mara Regina Bueno de Mattos Nascimento, Vitória Maria Simioni
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