Diagnóstico citopatológico de criptococose em gata: Relato de caso
DOI:
https://doi.org/10.31533/pubvet.v13n10a433.1-9Palavras-chave:
Cryptococcus spp., dermatopatia fúngica, granuloma, micose sistêmica, trato respiratórioResumo
O objetivo do trabalho foi relatar um caso de criptococose cutânea e nasal em uma gata, adulta, que apresentava neoformação firme em região cefálica, aderida, não alopécica e não ulcerada, a qual provocava assimetria facial, associada a presença discreta de secreção nasal mucoide unilateral. As infecções micóticas podem ser classificadas quanto ao local da lesão em cutâneas, subcutâneas e sistêmicas. A espécie felina é altamente suscetível a diversas infecções fúngicas, dentre elas, a criptococose. A criptococose é cerca de sete a dez vezes mais comum em gatos do que em cães e os sinais clínicos são variados e inespecíficos, uma vez que pode acometer sistema respiratório, tegumentar, ocular e sistema nervoso central. Seu diagnóstico baseia-se inicialmente nas informações obtidas na anamnese e ao exame físico e pode ser confirmado por diversos métodos, como exame citológico, cultura microbiológica, exame histopatológico ou através de técnicas moleculares. O diagnóstico da paciente deste estudo se firmou por meio de exame citopatológico da neoformação, que revelou a presença de numerosas formas leveduriformes encapsuladas compatíveis com microorganismos do gênero Cryptococcus. A terapia instituída com sucesso foi o itraconazol na dose de 10 mg/kg por via oral a cada 24 horas durante 8 meses, sem ocorrência de recidivas até o momento. Apesar de não ser considerada uma antropozoonose, a criptococose merece atenção na clínica de animais de companhia, pois seu diagnóstico é difícil, e frequentemente se dá apenas por achados post mortem. Além disso, se não tratada eficazmente o prognóstico é desfavorável, podendo levar o paciente a óbito.
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Copyright (c) 2019 Jéssica Ragazzi Calesso, Vinicius Prado de Oliveira, Melissa Gonçalves Jacob, Ademir Zacarias Junior, Karina Yukie Hirata
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