Uso da classificação ASA e concordância interobservador por médicos veterinários e estudantes no Brasil

Autores

  • Eduardo de Carvalho Universidade De Vassouras / Universidade Santa Úrsula
  • Larissa Magalhães de Castro Magalhães de Castro Universidade de Vassouras
  • Sabrina Baldez Xavier Baldez Xavier Universidade de Vassouras
  • Rodrigo Canedo de Magalhães Dias Canedo de Magalhães Dias Universidade de Vassouras
  • Bruna Pereira Gonçalves Pereira Gonçalves Universidade de Vassouras
  • Andrei Ferreira Nicolau da Costa Ferreira Nicolau da Costa Universidade de Vassouras

DOI:

https://doi.org/10.31533/pubvet.v15n12a990.1-7

Palavras-chave:

Anestesia, cuidados pré-operatórios, veterinária

Resumo

A classificação ASA é um sistema amplamente utilizado para classificação de estado físico do paciente cirúrgico. Todavia, estudos encontraram fraca concordância inter e intraobservador tanto em pacientes humanos como, em menor escala, em pequenos animais. Este estudo teve como objetivo investigar o perfil de uso e a variação interobservador desse sistema entre médicos veterinários e estudantes de graduação em medicina veterinária através de um questionário digital com informações demográficas, sobre a formação profissional e com cinco casos clínicos elaborados. O formulário foi respondido por 94 participantes de 13 estados brasileiros (predominantemente RJ e SP), sendo 48,9% profissionais graduados em 26 instituições diferentes – a maioria (70,4%) clínicos gerais – e 51,1% graduandos de 48 instituições de ensino diferentes. Entre profissionais e estudantes, 78,9% eram do sexo feminino e 20,1% do masculino, não havendo diferença na distribuição de gênero entre graduandos e graduados. Dentre os profissionais (67,4% apenas graduados e o 32,6% com especialização, mestrado ou doutorado), 76,1% relataram utilizar a classificação ASA “sempre” ou “às vezes”, apesar de apenas 19,6% relatarem atuar na anestesiologia, mostrando amplo uso do sistema. A quase totalidade dos participantes relataram ter aprendido a classificação na graduação (93,5% dos profissionais e 89,5% dos estudantes). Não foram encontradas correlações significativas entre “grau de formação” e “tempo de formado” com a utilização da classificação ASA, porém, veterinários atuantes na anestesiologia relataram uso mais frequente do sistema (p<0,0001). Não houve diferença entre os escores ASA atribuídos por profissionais ou estudantes para os casos A (p = 0,263), B (p = 0,121), C (p = 0,443), D (p = 0,939) e E (p = 0,849), porém foi encontrada fraca concordância interobservador entre os profissionais (k de Fleiss = 0,365, p<0,0001) e entre estudantes (k de Fleiss = 0,363, p<0,0001). Todos os cinco casos foram classificados em no mínimo três classes diferentes por profissionais e, no caso dos estudantes, quatro dos cinco casos foram alocados em pelo menos quatro classes diferentes, mostrando grande dispersão. Este estudo mostrou fraca concordância interobservador na classificação ASA entre médicos veterinários e entre graduandos, além de demonstrar a ampla difusão e uso desse sistema de classificação de estado físico.

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Publicado

30-11-2021

Edição

Seção

Medicina veterinária

Como Citar

1.
de Carvalho E, Magalhães de Castro LM de C, Baldez Xavier SBX, Canedo de Magalhães Dias RC de MD, Pereira Gonçalves BPG, Ferreira Nicolau da Costa AFN da C. Uso da classificação ASA e concordância interobservador por médicos veterinários e estudantes no Brasil. Pubvet [Internet]. 30º de novembro de 2021 [citado 27º de novembro de 2024];15(12). Disponível em: https://ojs.pubvet.com.br/index.php/revista/article/view/454