Linfoma cutâneo epiteliotrópico em cão jovem

Relato de caso

Autores

DOI:

https://doi.org/10.31533/pubvet.v19n05e1770

Palavras-chave:

Linfoma cutâneo, neoplasia, quimioterapia

Resumo

O artigo aborda o diagnóstico e tratamento de linfoma cutâneo epiteliotrópico em cão com um ano e seis meses, o que é atípico dado que o linfoma cutâneo geralmente afeta cães mais velhos. A doença é uma neoplasia hematopoiética que se origina de linfócitos malignos e pode se manifestar na pele, embora seja relativamente rara. O linfoma cutâneo pode ser classificado como epiteliotrópico ou não epiteliotrópico, dependendo da localização das células neoplásicas. No caso descrito, o cão, da raça Cavalier King Charles, apresentou sintomas como prostração, nodulações e alterações hematológicas significativas, incluindo anemia e trombocitopenia. Após investigações, incluindo citologia aspirativa e exames histopatológicos, foi diagnosticado com linfoma cutâneo epiteliotrópico. O tratamento quimioterápico com lomustina foi iniciado, mostrando eficácia inicial com remissão de 90% das lesões cutâneas. Contudo, houve uma recidiva de nódulos, o que levou ao ajuste da dose de lomustina e à intensificação do tratamento. Infelizmente, apesar das tentativas de tratamento, o cão apresentou recidiva rápida e deterioração do estado geral, culminando em eutanásia, contabilizando 149 dias desde a primeira consulta, acima dos casos relatados, que variam de 63 a 83 dias de sobrevida. Este relato destaca a importância da avaliação contínua e do monitoramento dos efeitos colaterais da quimioterapia, além da necessidade de considerar a possibilidade de linfoma cutâneo em cães mais jovens.

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Linfoma cutâneo

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Publicado

08-05-2025

Edição

Seção

Medicina veterinária

Como Citar

1.
Rodrigues BLT. Linfoma cutâneo epiteliotrópico em cão jovem: Relato de caso. Pubvet [Internet]. 8º de maio de 2025 [citado 12º de maio de 2025];19(05):e1770. Disponível em: https://ojs.pubvet.com.br/index.php/revista/article/view/4091