Linfoma multicêntrico em felino doméstico: Relato de caso
DOI:
https://doi.org/10.31533/pubvet.v14n9a652.1-6Palavras-chave:
gato, fiv/felv, linfoma, oncologiaResumo
Linfomas são neoplasias caracterizadas pela proliferação clonal de linfócitos malignos, originando-se principalmente de órgãos linfoides, como a medula óssea, baço e linfonodos. De acordo com a terminologia humana, os linfomas que ocorrem nos animais domésticos são conhecidos como não Hodgkin, cujo comportamento biológico, epidemiologia, morfologia celular e fenotipagem são bastante similares entre os seres humanos e os pequenos animais. O linfoma é a neoplasia felina mais comum, compreendendo mais de 50% de todos os tumores hemolinfáticos. Não se conhece a etiologia precisa do linfoma felino em muitos casos, entretanto, causas virais são bem definidas, havendo infecções tanto pelo vírus da leucemia felina (FeLV) quanto pelo vírus da imunodeficiência felina (FIV). Quando o linfoma é causado pelo FeLV, normalmente está associado com infecção progressiva, mas infecções regressivas também podem estar envolvidas na formação tumoral, cujo o vírus não é detectado pelo teste de ELISA, mas na PCR (sangue periférico ou medula óssea) é encontrado o DNA do provírus FeLV, isso sugere que o vírus pode estar associado com uma proporção maior de linfomas do que o esperado. Tais neoplasias podem apresentar-se em diferentes localizações anatômicas sendo classificado em multicêntrico, mediastinal (ou tímico), alimentar e extranodal (linfoma cutâneo, nasal, renal e em sistema nervoso). Nos gatos, a forma mediastinal e alimentar são mais comuns que a multicêntrica e a extranodal. O presente trabalho tem como objetivo apresentar o relato de caso de um felino doméstico, macho, SRD, 1 ano de idade e FIV/FeLV negativo no ELISA, apresentando aumento de linfonodos periféricos (submandibulares, inguinais e poplíteos) e aumento de linfonodos hepáticos, pancreatoduodenal, ilíaco medial, cólico e mesentérico. Foi realizado citologia do linfonodo submandibular onde foi diagnosticado linfoma imunoblástico. O paciente foi submetido ao protocolo quimioterápico CHOP (Ciclofosfamida, Doxorrubicina, Vincristina e Prednisolona) por 24 semanas, recebendo alta após esse período.
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Copyright (c) 2020 Luany Adriane de Oliveira, Bruna Cardoso, Breno Salzedas, Victória Ribeiro, Karina D’Elia Albuquerque
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