Anestesia intravenosa total em Chelonoidis carbonaria (Jabuti-piranga) submetido a plastrotomia para enterotomia: Relato de caso
DOI:
https://doi.org/10.31533/pubvet.v16n08a1191.1-8%20Palavras-chave:
Anestesia, corpos estranhos, epidural, quelôniosResumo
Os quelônios estão gradativamente mais presentes na rotina de animais não convencionais em clínicas, centros e hospitais veterinários, demandando vasto conhecimento de profissionais capacitados para promover um atendimento especializado. De tal maneira, a anestesia de répteis se torna ainda mais desafiadora, uma vez que diferenciadas são suas características anatômicas e fisiológicas quando comparadas aos demais grupos animais. O presente trabalho teve como objetivo relatar as técnicas e procedimentos anestésicos empregados em um exemplar de Jabuti-piranga (Chelonoidis carbonaria), de 10 anos, pesando 1,54 kg. O quelônio foi submetido a plastrotomia e enterotomia para remoção de corpos estranhos. Em sua anamnese, foi constatado que o animal apresentava prolapso peniano, constipação e um severo quadro de tenesmo há quatro dias. Pela avaliação radiográfica, foram evidenciadas cinco estruturas radiopacas, amorfas e irregulares em região cólica, que variavam de 2,04cm a 0,50cm, e que após tentativa mal sucedida de tratamento conservador, optou-se por tratamento cirúrgico. Como medicação pré-anestésica, fez-se o uso de dexmedetomidina (30 ug/kg), metadona (1 mg/kg), dextrocetamina (10 mg/kg) e midazolam (1 mg/kg). Posteriormente, a indução foi realizada com propofol (2,5 mg/kg) no seio venoso subcarapacial prosseguindo-se com acesso venoso na veia jugular com cateter 24G e administração de bolus intravenoso de propofol (5 mg/kg). Após relaxamento muscular, o animal foi intubado utilizando-se uma sonda endotraqueal número 2,0 (sem cuff) e infusão contínua de propofol em taxa variável para manutenção anestésica. A analgesia transoperatória foi executada por meio do bloqueio epidural coccígeo com lidocaína sem vasoconstritor (0,2 mL/5 cm de carapaça). Dentre os parâmetros fisiológicos monitorados, destaca-se a frequência cardíaca e respiratória, capnografia e temperatura cloacal, quais mantiveram-se estáveis durante todo o período anestésico. Ao final do procedimento, a dexmedetomidina e o midazolam foram revertidos com atipamezole (0,03 mg/kg) e flumazenil (0,01 mg/kg), respectivamente. Sua extubação ocorreu 20 minutos após o término do procedimento cirúrgico e sua recuperação pós-anestésica foi sem intercorrências.
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Copyright (c) 2022 Isadora Scherer Borges, Ricardo Guilherme D’Otaviano de Castro Vilani, Raphael Shimizu, Iara Luíza Matos de Lima, Juliana Caetano Félix Da Silva Mendes, Alessandra Kozelinski Bordignon, Larissa Colli Trebien, Juliano Biolchi, Raphael Seligman
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