Contaminação parasitária na areia das praias: Um problema de saúde pública negligenciado

Autores

  • Carlos Ramos UFFS Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Rosiléia RosiMarinho de Quadros UDESC
  • Ewerton do Nascimento Júnior UDESC
  • Larissa Marolli Pezzini UDESC

DOI:

https://doi.org/10.31533/pubvet.v16n04a1077.1-6

Palavras-chave:

Cães errantes; parasitos, zoonose

Resumo

Os cães errantes podem ser importantes fontes de infecções ao ser humano, sobretudo na contaminação das areias das praias. O estudo teve por objetivo avaliar a presença de parasitos de características zoonóticas na praia de Laguna, Santa Catarina. Amostras de areia da praia do Mar Grosso foram coletadas e analisadas em diferentes estações do ano entre 2018 a 2019. As amostras foram processadas no Laboratório do Centro de Educação Superior da Região Sul (CERES) da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), pelo método de sedimentação. As larvas presentes nas amostras foram imobilizadas com uso de lugol e analisadas ao microscópio. Das 2000 amostras de areia, 19,10% apresentaram larvas de Ancylostoma spp., 7,25% de larvas de Toxocara spp. 1,75% ambas. A estação do inverno apresentou maior ocorrência de larvas de ancilostomídeos com 30,6%, já as larvas de ascarídeos no verão com 18,8%. A média de larvas por lâmina foi de 15 e todas estavam vivas. No período de verão observou-se que o número de larvas foi maior e com comportamento mais ativo, observado antes do uso de lugol. As larvas de Ancylostoma spp. sobreviveram por 62 dias e 94 dias de Toxocara spp. Foram identificados ovos de Ancylostoma spp. e Toxocara spp. nas amostras. A presença de ovos e larvas presentes em fezes de cães na areia da praia estiveram presentes em todas as estações do ano em diferentes temperaturas, assim estes animais transitando pela areia podem ser uma ameaça as pessoas que desfrutam deste ambiente para o trabalho ou lazer.

 

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Publicado

12-04-2022

Edição

Seção

Saúde pública

Como Citar

Contaminação parasitária na areia das praias: Um problema de saúde pública negligenciado. (2022). Pubvet, 16(04). https://doi.org/10.31533/pubvet.v16n04a1077.1-6

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