Características reprodutivas de cutias fêmeas (Dasyprocta prymnolopha wagler, 1831) criadas em cativeiro no nordeste do Brasil

Autores

  • João Augusto Diniz UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE

DOI:

https://doi.org/10.31533/pubvet.v13n12a472.1-8

Palavras-chave:

estacionalidade, fatores climáticos, reprodução

Resumo

Objetivou-se com este trabalho realizar o levantamento de dados reprodutivos de cutias fêmeas criadas em cativeiro, durante o período de 1998 a 2007 e associá-los aos fatores climáticos da região, verificando a presença ou ausência de estacionalidade na reprodução. Foram avaliadas 178 fichas de acompanhamento individual de cutias nascidas no Núcleo de Estudos e Preservação de Animais Silvestres – NEPAS da UFPI em Teresina-PI. Por meio das fichas, foram anotadas as datas dos partos, o tipo de parto e a quantidade de filhotes por parto de cada fêmea. Os dados climáticos da região foram cedidos pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – EMBRAPA Meio Norte -Teresina, Piauí. Foi verificado um total de 129 partos durante esse período. Os resultados mostram uma maior concentração de partos entre os meses de julho a fevereiro, outubro com mais nascimentos, e diminuição entre março e junho. Estes resultados podem apontam para um aumento de atividade reprodutiva que coincide com os períodos mais quentes do ano e com menor volume de chuvas, havendo correlação positiva entre a temperatura máxima e média, e negativa com a umidade relativa do ar em relação ao aumento dos índices de nascimento. A atividade reprodutiva da cutia, assim como em muitos animais, pode está associada a inúmeros fatores, porém, há uma forte correlação às condições ambientais, indicando que os nascimentos se concentram em períodos do ano que precede ao de maior oferta de alimento, onde os animais estarão perdendo a dependência da mãe no período propício a sobrevivência.

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Publicado

30-01-2020

Edição

Seção

Reprodução animal

Como Citar

Características reprodutivas de cutias fêmeas (Dasyprocta prymnolopha wagler, 1831) criadas em cativeiro no nordeste do Brasil. (2020). Pubvet, 13(12). https://doi.org/10.31533/pubvet.v13n12a472.1-8