Remissão do diabetes mellitus em cadela não castrada
Relato de caso
DOI:
https://doi.org/10.31533/pubvet.v18n06e1605Palavras-chave:
Canino diabetes mellitus, diestro, endocrinopatia, remissãoResumo
Diabetes Melittus (DM) é uma das endocrinopatias mais comuns entre os cães. Trata-se de um conjunto de transtornos metabólicos resultante da falta de sensibilidade dos tecidos à ação da insulina e/ou sua deficiência relativa ou absoluta. As manifestações clínicas observadas são poliuria, polidipsia, polifagia, emagrecimento, hiperglicemia e glicosuria persistentes. Sua classificação e etiologia nos cães ainda não é bem definida, mas pode estar associada a fatores imunomediados, genéticos, infecciosos, hormonais, metabólicos e alguns fármacos. De acordo com as diretrizes AHAA® 2018 (American Animal Hospital Association), para o manejo do Diabetes em cães e gatos, em todos os casos, as estratégias terapêuticas incluem: insulinoterapia, manejo alimentar, reconhecimento, eliminação/minimização de fatores associados a resistência a ação da insulina. Este relato apresenta o caso de uma cadela, da raça Yorkshire Terrier, não castrada, de oito anos de idade, apresentando por ocasião do diagnóstico do DM características clínicas sugestivas de diestro e nódulo mamário. A abordagem terapêutica foi novo manejo alimentar com alimento comercial seco coadjuvante para diabéticos e calorias adequadas a sua condição de escore corporal, fracionados em refeições iguais antes da aplicação da insulina e realização de ovário histerectomia. Após início do tratamento, pode-se acompanhar redução da hiperglicemia persistente com melhora nas manifestações clínicas mesmo antes das abordagens cirúrgicas, à medida que o diestro progredia para anestro. Conclui-se que, apesar da remissão do DM canino ser incomum, é possível quando instituída insulinoterapia adequada associada a ajuste de dieta e a redução de fatores de resistência a ação da insulina.
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