Leptospirose em cadela (Canis familiaris) SRD

Relato de caso

Autores

DOI:

https://doi.org/10.31533/pubvet.v18n05e1598

Palavras-chave:

bratislava, copenhageni, leptospirose canina, pomona

Resumo

O presente estudo teve como objetivo relatar um caso clínico de leptospirose diagnosticado em uma cadela Sem Raça Definida (SRD), em que se optou por tratamento sem internação hospitalar. A leptospirose é uma patologia zoonótica infectocontagiosa causada pela espiroqueta do gênero Leptospira spp. Todas as linhagens patogênicas pertencem a uma única espécie, Leptospira interrogans. Este microrganismo pode acometer tanto humanos como animais domésticos, de produção e silvestres. Cães e gatos são suscetíveis. No entanto, os felinos possuem maior resistência às leptospiras. Os roedores sinantrópicos nos grandes centros urbanos ou nas zonas rurais, constituem um grande problema, pois acabam transmitindo para os animais domésticos e errantes. Os animais são infectados e acabam eliminando as espiroquetas no ambiente pela urina contaminada, visto que o local de predileção das leptospiras no organismo são os túbulos renais. A transmissão pode ser de forma direta pela urina contaminada, secreções venéreas, transferência placentária, feridas por mordeduras ou ingestão de tecidos contaminados. As leptospiras podem penetrar o organismo pelas mucosas oral, nasal ou ocular intactas ou pela pele lesionada ou macerada pela umidade. A transmissão indireta se dá por meio de contato com fontes de água, solo e alimento contaminado. O clima tropical brasileiro favorece chuvas durante o verão que em muitas localidades são desfavorecidas de sistema de coleta de lixo e a destinação de esgoto é precária ampliando a atuação dos roedores como vetores desta zoonose devido às enchentes. A cadela do presente estudo não tinha o protocolo vacinal em dia, vivia em um local com presença de roedores e foi diagnosticado positivo para L. interrogans sorovares Bratislava, Pomona e Copenhageni pelo exame de Soro Aglutinação Microscópica (SAM), considerado padrão ouro. As alterações no hemograma se limitaram à anemia normocítica normocrômica e hiperproteinemia. No leucograma, não foram observadas alterações dignas de nota. Nos exames bioquímicos, foram evidenciadas alterações hepáticas e renais condizentes com a patologia. O protocolo terapêutico eleito foi antibiocoterapia e terapia de suporte, ambos realizados no domicílio do responsável e o prognóstico foi favorável. Medidas preventivas de vacinação, de acordo com o desafio enfrentado no ambiente, controle de roedores e também políticas públicas acerca de saneamento básico são importantes para evitar a zoonose

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Publicado

04-05-2024

Edição

Seção

Medicina veterinária

Como Citar

1.
Oliveira JLF de, Costa A de P. Leptospirose em cadela (Canis familiaris) SRD: Relato de caso. Pubvet [Internet]. 4º de maio de 2024 [citado 22º de dezembro de 2024];18(05):e1598. Disponível em: https://ojs.pubvet.com.br/index.php/revista/article/view/3654

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