Avaliação clínica e o resultado falso-negativo para leishmaniose visceral canina: Revisão
DOI:
https://doi.org/10.31533/pubvet.v17n11e1485Palavras-chave:
diagnóstico clínico, reação em cadeia da polimerase, saúde pública veterinária, zoonoseResumo
A Leishmaniose Visceral Canina (LVC) é uma das formas da doença causada pelo protozoário do gênero Leishmania spp., sendo classificada como uma das principais zoonoses de interesse da saúde pública no Brasil. Por ainda apresentarmos métodos de diagnóstico com baixa sensibilidade ao agente causador da LVC, este trabalho de revisão de literatura teve como objetivo, identificar exames laboratoriais e métodos que contribuam para um diagnóstico correto, diminuindo as chances de falsos negativos ou falsos positivos na rotina do Médico Veterinário. Nesta revisão de literatura foi possível observar como consideração que o exame de PCR se mostrou com cem por cento de confiabilidade nos estudos avaliados, já a técnica parasitológica classificada como padrão ouro, irá depender de alguns fatores como a precisão, sujeita à intensidade do parasitismo, à natureza do material biológico obtido, à duração da análise da lâmina e à perícia dos especialistas envolvidos, para o diagnóstico da LVC.
Referências
Abbiati, T. C., Freitas, D. M., Alves, L. C., Freitas, B. G., Rezende, R. S., Barbosa, S. G., Jorge, A. L. T. A., Santos, S. M. & Lopes, M. C. (2019). Leishmaniose visceral canina: Relato de caso. PUBVET, 13(4), 1–8. https://doi.org/10.31533/pubvet.v13n4a307.1-8.
Abrantes, T. R., Werneck, G. L., Almeida, A. S. & Figueiredo, F. B. (2018). Fatores ambientais associados à ocorrência de leishmaniose visceral canina em uma área de recente introdução da doença no Estado do Rio de Janeiro, Brasil. Cadernos de Saúde Pública, 34, 1–12. https://doi.org/10.1590/0102-311X00021117.
Alves, W. A. & Bevilacqua, P. D. (2004). Reflexão sobre a qualidade do diagnóstico da leishmaniose visceral canina em inquéritos epidemiológico: o caso da epidemia de Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil, 1993-1999. Caderno de Saúde Pública, 20, 259–265. https://doi.org/10.1590/s0102-311x2004000100043.
Assis, J., Queiroz, N. M. G. P., Silveira, R. de C. V., Nunes, C. M., Oliveira, T. M. F. S., Noronha Junior, A. C. F., Neves, M. F., Machado, R. Z. & Buzetti, W. A. S. (2010). Estudo comparativo dos métodos diagnósticos para Leishmaniose Visceral em cães oriundos de Ilha Solteira, SP. Revista Brasileira de Parasitologia Veterinária, 19(1), 17–25. https://doi.org/10.4322/rbpv.01901004.
Azevedo, M. Á., Dias, A. K., Paula, H. B., Perri, S. H. V, & Nunes, C. M. (2008). Avaliação da leishmaniose visceral canina em Poxoréo, Estado do Mato Grosso, Brazil. Revista Brasileira de Parasitologia Veterinária, 17(3), 123–127. https://doi.org/10.1590/s1984-29612008000300001.
Barbosa, D. S., Rocha, A. L., Santana, A. A., Souza, C. S. F., Dias, R. A., Costa-Júnior, L. M. & Abreu-Silva, A. L. (2010). Soroprevalência e variáveis epidemiológicas associadas à leishmaniose visceral canina em área endêmica no município de São Luís, Maranhão, Brasil. Ciência Animal Brasileira, 11(3), 653–659.
Barroso-Freitas, A. P. T., Passos, S. R. L. & Mouta-Confort, E. (2009). Accuracy of an ELISA and indirect immunofluorescence for the laboratory diagnosis of American tegumentary leishmaniasis. Transactions of the Royal Society of Tropical Medicine and Hygiene, 103, 383–389.
Collignon, P. J. & McEwen, S. A. (2019). One health—its importance in helping to better control antimicrobial resistance. Tropical Medicine and Infectious Disease, 4(1), 22. https://doi.org/10.3390/tropicalmed4010022.
D’Andrea, L. A. Z. & Guimarães, R. B. (2018). A importância da análise de distribuição espacial da leishmaniose visceral humana e canina para as ações de vigilância em saúde. Hygeia: Revista Brasileira de Geografia Médica e Da Saúde, 14(28), 121. https://doi.org/10.14393/hygeia142810.
Dias, E. S., Silva, J. C. F., Silva, J. C., Monteiro, É. M., Paula, K. M. de, Gonçalves, C. M. & Barata, R. A. (2007). Flebotomíneos (Diptera: Psychodidae) de um foco de leishmaniose tegumentar no Estado de Minas Gerais. Revista Da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, 40, 49–52. https://doi.org/10.1590/S0037-86822007000100009.
Dias, R. C. F., Soccol, V. T., Pasquali, A. K. S., Alban, S. M., Fendrich, R. C., Pozzolo, E. M., Chiyo, L., Bisetto Júnior, A., Ferreira, F. P. & Desto, S. S. (2018). Variables associated with the prevalence of anti-Leishmania spp. antibodies in dogs on the tri-border of Foz do Iguaçu, Paraná, Brazil. Revista Brasileira de Parasitologia Veterinária, 27(3), 338–347. https://doi.org/10.1590/s1984-296120180055.
Dietze, R. (2005). Diagnóstico sorológico e parasitológico da leishmaniose visceral. In Consulta de expertos OPS/OMS sobre leishmaniasis visceral en las Américas. (pp. 63–65). Organización Panamericana de la Salud.
Faria, H. G., Regina, L., Magnago, F., Jesus, S., Almeida, V., Poleze, L. S., Madureira, A. P. & Zanini, M. S. (2019). Pesquisa de Leishmania spp. em flebotomíneos (Diptera: Psychodidae) do munícipio de Iúna, Espírito Santo. PUBVET, 13(6), 4–10. https://doi.org/10.31533/pubvet.v13n6a342.1-7.
Fonseca Júnior, J. D., Mazzinghy, C. L., França, E. C., Pinow, A. C. S. & Almeida, K. S. (2021). Leishmaniose visceral canina: Revisão. PUBVET, 15(3), 1–8. https://doi.org/10.31533/pubvet.v15n03a779.1-8.
Freitas, A. L., Kinoshita, A. S., Pimentel, B. Z., Malheiros, D. A., Oliveira, E. R., Nascimento, G. Y. S., Júlio, J. B., Paes, J. M., Amorim, T. M. S. & Araújo, T. L. (2022). Leishmaniose visceral canina: Revisão. PUBVET, 16(10), 1–20. https://doi.org/10.31533/pubvet.v16n10a1245.1-20.
Freitas, E. (2015). Manual Técnico de Leishmanioses Caninas-Leishmaniose Tegumentar Americana e Leishmaniose Visceral. CRMV-PR.
Gomes, Y. M., Cavalcanti, M. P., Lira, R. A., Abath, F. G. C. & Alves, L. C. (2008). Diagnosis of canine visceral leishmaniasis: biotechnological advances. The Veterinary Journal, 175(1), 45–52. https://doi.org/10.1016/j.tvjl.2006.10.019.
Hirschmann, L. C., Brod, C. S., Radin, J., Simon, C. F. & Recuero, A. L. C. (2015). Leishmaniose visceral canina: comparação de métodos sorológicos em cães de área indene do Rio Grande do Sul no Brasil. Revista de Patologia Tropical, 44(1), 33–44. https://doi.org/10.5216/rpt.v44i1.34799.
Kahn, L. H. (2017). Perspective: The one-health way. Nature, 543(7647), S47–S47.
Leal-Lima, A., Ferreira, T. M. V., Leite, L. O., Maciel, B. L. L. & Nunes-Pinheiro, D. C. S. (2021). Tríade canina na Leishmaniose Visceral: Reservatório-vítima-sentinela. PUBVET, 15(11), 1–14. https://doi.org/10.31533/pubvet.v15n11a952.1-14.
Lima, C. A., Teixeira, K. R., Moreira, J. P. F. F. & Teixeira, K. R. (2013). Diagnóstico da leishmaniose visceral canina: Uma revisão. PUBVET, 7, 2565–2677.
Lira, R. A., Cavalcanti, M. P., Nakazawa, M., Ferreira, A. G. P., Silva, E. D., Abath, F. G. C., Alves, L. C., Souza, W. V. de, & Gomes, Y. M. (2006). Canine visceral leishmaniosis: a comparative analysis of the EIE-leishmaniose-visceral-canina-Bio-Manguinhos and the IFI-leishmaniose-visceral-canina-Bio-Manguinhos kits. Veterinary Parasitology, 137(1–2), 11–16. https://doi.org/10.1016/j.vetpar.2005.12.020.
Luciano, R. M., Lucheis, S. B., Troncarelli, M. Z., Luciano, D. M. & Langoni, H. (2009). Avaliação da reatividade cruzada entre antígenos de Leishmania spp e Trypanosoma cruzi na resposta sorológica de cães pela técnica de imunofluorescência indireta (RIFI). Brazilian Journal of Veterinary Research and Animal Science, 46(3), 181–187. https://doi.org/10.11606/issn.1678-4456.bjvras.2009.26765.
Menezes, J. A., Luz, T. C. B., Sousa, F. F., Verne, R. N., Lima, F. P. & Margonari, C. (2016). Fatores de risco peridomiciliares e conhecimento sobre leishmaniose visceral da população de Formiga, Minas Gerais. Revista Brasileira de Epidemiologia, 19, 362–374.
Montalvo, A. M., Fraga, J., Monzote, L., García, M. & Fonseca, L. (2012). Diagnóstico de la leishmaniasis: de la observación microscópica del parásito a la detección del ADN. Revista Cubana de Medicina Tropical, 64(2), 108–131.
Motta, L. M., Ebert, K. G. & Batista, K. Z. S. (2021). Diagnóstico imunológico e molecular da Leishmaniose Visceral Canina: Revisão. PUBVET, 15(8), 1–7. https://doi.org/10.31533/pubvet.v15n08a886.1-7.
Pelissari, D. M., Cechinel, M. P., Sousa-Gomes, M. L. & Lima Júnior, F. E. F. (2011). Tratamento da leishmaniose visceral e leishmaniose tegumentar americana no Brasil. Epidemiologia e Serviços de Saúde, 20(1), 107–110. https://doi.org/10.5123/S1679-49742011000100012.
Queiroz, N. M. G. P., Assis, J., Oliveira, T. M. F. S., Machado, R. Z., Nunes, C. M. & Starke-Buzetti, W. A. (2010). Diagnóstico da Leishmaniose Visceral Canina pelas técnicas de imunoistoquímica e PCR em tecidos cutâneos em associação com a RIFI e ELISA-teste. Revista Brasileira de Parasitologia Veterinária, 19(1), 32–38. https://doi.org/10.4322/rbpv.01901006.
Rennó, M. C., Vasconcellos, A. O., Santos, R. R., Silva, R. O. S., Carneiro, R. A. & Paes, P. R. O. (2019). Líquido sinovial como ferramenta diagnóstica auxiliar da leishmaniose visceral canina em diferentes estádios. Ciência Rural, 49(5), e20190023. https://doi.org/10.1590/0103-8478cr20190023.
Ribeiro, V. M. (2007). Leishmaniose visceral canina: aspectos de tratamento e controle. Clínica Veterinária, 71, 86–92.
Rodrigues, K. S., Silva, A. M., Almeida, A. P. De, Silva, M. C., Viana, D. D. A. & Durans, S. (2018). Leishmaniose canina na cidade de Caucaia, Ceará: Relato de Caso. PUBVET, 12(8), 1–6.
Schimming, B. C. & Silva, J. R. C. P. (2012). Leishmaniose visceral canina – Revisão de literatura. Revista Científica Eletrônica de Medicina Veterinária, 10(18), 1–5.
Sevá, A. P., Brandão, A. P. D., Godoy, S. N., Soares, R. M., Langoni, H., Rodrigues, B. C., Gava, M. Z., Zanotto, P. F. C., Jimenez-Villegas, T. & Hiramoto, R. (2021). Investigation of canine visceral leishmaniasis in a non-endemic area in Brazil and the comparison of serological and molecular diagnostic tests. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, 54, e0182-2021. https://doi.org/10.1590/0037-8682-0182-2021.
Silva, C. M. H. S. & Winck, C. A. (2018). Leishmaniose visceral canina: revisão de literatura. Revista da Universidade Vale Do Rio Verde, 16(1), 1–12.
Silva, M. A. (2023). Diagnóstico de Leishmaniose canina por exame direto: Relato de caso. PUBVET, 17(2), 1–6. https://doi.org/https://doi.org/10.31533/pubvet.v17n02a1339.
Silva, O. A. & Braga, G. M. S. (2010). Leishmaniose visceral canina no município de São Vicente Férrer, Estado de Pernambuco, Brasil. PUBVET, 4, 879–885.
Silva, S. M., Ribeiro, V. M., Ribeiro, R. R., Tafuri, W. L., Melo, M. N. & Michalick, M. S. M. (2009). First report of vertical transmission of Leishmania (Leishmania) infantum in a naturally infected bitch from Brazil. Veterinary Parasitology, 166(1–2), 159–162. https://doi.org/10.1016/j.vetpar.2009.08.011.
Slimane, T. B., Chouihi, E., Ahmed, S. B. H., Chelbi, I., Barhoumi, W., Cherni, S., Zoghlami, Z., Gharbi, M. & Zhioua, E. (2014). An investigation on vertical transmission of Leishmania infantum in experimentally infected dogs and assessment of offspring’s infectiousness potential by xenodiagnosis. Veterinary Parasitology, 206(3–4), 282–286. https://doi.org/10.1016/j.vetpar.2014.10.020.
Soccol, V. T., Pasquali, A. K. S., Pozzolo, E. M., Leandro, A. de S., Chiyo, L., Baggio, R. A., Michaliszyn, M. S., Silva, C., Cubas, P. H. & Peterlle, R. (2017). More than the eyes can see: the worrying scenario of canine leishmaniasis in the Brazilian side of the triple border. PLoS One, 12(12), e0189182. https://doi.org/10.1371/journal.pone.0189182.
Sousa, M. V. C., Szabó, M. P. J., Magalhães, G. M., Queiroz, R. P., Castro, I. P., Gabellini, E. L. A., Medeiros, A. A. & Wilson, T. M. (2017). Sensibilidade do teste parasitológico em imprints de baço, medula óssea e linfonodo para o diagnóstico da leishmaniose de acordo com o número de avaliadores. Brazilian Journal of Veterinary Medicine, 39(3), 176–181. https://doi.org/10.29374/2527-2179.bjvm027417.
Sousa, T. C., Francisco, A. K. P. R. & Santos, I. B. (2015). Leishmaniose canina em Brasília, DF: Uma revisão da literatura. Tempus–Actas de Saúde Coletiva, 9(3), 187–202. https://doi.org/10.18569/tempus.v9i3.1796.
Souza, M. B., Carvalho, R. W., Machado, R. N. M. & Wermelinger, E. D. (2009). Flebotomíneos de áreas com notificações de casos autóctones de leishmaniose visceral canina e leishmaniose tegumentar americana em Angra dos Reis, Rio de Janeiro, Brasil. Revista Brasileira de Entomologia, 53(1), 147–150.
Souza, Y. C. P., Carvalho, A. F. S., Carvalho, L. A. R. & Mansur, V. F. R. (2013). Testes diagnósticos para leishmaniose visceral: atualidade e perspectivas. Revista Científica Eletrônica de Medicina Veterinária, 11(21), 1–16.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Djonathan Adamante, Debora Andreolla Lazzari, Luís Gustavo Barbieri Kehl
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Você tem o direito de:
Compartilhar — copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato
Adaptar — remixar, transformar, e criar a partir do material para qualquer fim, mesmo que comercial.
O licenciante não pode revogar estes direitos desde que você respeite os termos da licença. De acordo com os termos seguintes:
Atribuição
— Você deve dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas. Você deve fazê-lo em qualquer circunstância razoável, mas de nenhuma maneira que sugira que o licenciante apoia você ou o seu uso. Sem restrições adicionais
— Você não pode aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita.
