Criptosporidiose em caprinos: Aspectos básicos
DOI:
https://doi.org/10.31533/pubvet.v17n8e1430Palavras-chave:
caprinocultura, criptosporidium, endoparasitosesResumo
Os caprinos são animais dotados de rusticidade, capacidade de enfrentar adversidades climáticas e possuem boa adaptabilidade. As endoparasitoses são problemas para o desenvolvimento da caprinocultura. A criptosporidiose é uma infecção causada por parasitos do gênero Cryptosporidium spp. e que pode acometer diversas espécies, dentre elas, o homem e os caprinos. Os animais infectados eliminam nas fezes os oocistos esporulados que podem contaminar água e alimentos, constituindo assim a principal forma de transmissão. A diarreia é o sinal clínico mais comum e afeta, principalmente, animais jovens e imunocomprometidos. Devido aos danos causados no epitélio intestinal, há prejuízo na absorção de nutrientes, levando a perda de peso e retardo no crescimento. Consequentemente, os índices de produtividade e econômicos são afetados. Como formas de diagnóstico, pode-se citar o esfregaço fecal, centrífugo-flutuação, ELISA (Ensaio de Imunoabsorção Enzimática) e PCR (Reação em Cadeia da Polimerase). Pelo exposto, conclui-se que devido a inexistência de vacina e a escassez de tratamentos, a melhor forma de evitar a disseminação da doença nos rebanhos é mediante o controle e prevenção
Referências
Alves, A. R., Vilela, M. S., Andrade, M. V. M., Pinto, L. S., Lima, D. B., & Lima, L. L. L. (2017). Caracterização do sistema de produção caprino e ovino na região sul do Estado do Maranhão, Brasil. Veterinária e Zootecnia, 24(3), 515–524. https://doi.org/10.35172/rvz.2017.v24.287.
ANUALPEC. (2023). Anuário da Pecuária Brasileira (20th ed., Vol. 1). Instituto FNP.
Aquino, R. S., Lemos, C. G., Alencar, C. A., Silva, E. G., Lima, R., Gomes, J. A. F., Silva, A. F., Silva Lima, R., Gomes, J. A. F., & Silva, A. F. (2016). A realidade da caprinocultura e ovinocultura no semiárido brasileiro: um retrato do sertão do Araripe, Pernambuco. PUBVET, 10(4), 271–281. https://doi.org/10.22256/pubvet.v10n4.271-281.
Bandeira, D. A., Castro, R. S., Azevedo, E. O., Melo, L. S. S., & Melo, C. B. (2007). Características de produção da caprinocultura leiteira na região do Cariri na Paraíba. Ciência Veterinária Nos Trópicos, 10(1), 29–35.
Bonsere, W. C. P., Mioranza, S. L., Fariña, L. O., Santos, K. C., & Ayala, T. S. (2020). Surtos de criptosporidiose em humanos: uma revisão sistemática. Revista Brasileira de Meio Ambiente, 8(2), 62–73.
Bowman, D. D. (2010). Parasitologia veterinária. Elsevier.
Bresciani, K. D. S., Aquino, M. C. C., Zucatto, A. S., Inácio, S. V., Silveira Neto, L., Coelho, N. M. D., Coelho, W. M. D., Brito, R. L. L., Viol, M. A., & Meireles, M. V. (2013). Criptosporidiose em animais domésticos: aspectos epidemiológicos. Semina: Ciências Agrárias, 34(5), 2387–2402. https://doi.org/10.5433/1679-0359.2013v34n5p2387.
Cabral, D., Barbosa, F., Strasser, C., & Barsotti, S. H. (2001). Exame de fezes de mamiferos silvestres para verificacao de parasitismo por Cryptosporidium sp. Bioscience Journal, 17(1), 77–83.
Cássia, B., Vieira, R., Alfaiate, M. B., Madella, A. F., Clipes, C., & Alves, M. (2015). Caracterização fenotípica e diversidade genética de caprinos: Revisão. PUBVET, 9(1), 38–44. https://doi.org/10.22256/pubvet.v9n1.38-44.
Castro, R. L. P., Brito, D. R. B., Ribeiro, M. C., Costa, J. V., & Pires Filho, P. C. S. (2022). Caracterização de pequenas criações de caprinos e ovinos da Ilha de São Luís. Revista Sítio Novo, 6(1), 30–41. https://doi.org/10.47236/2594-7036.2022.v6.i1.30-41p.
Dabas, A., Shah, D., Bhatnagar, S., & Lodha, R. (2017). Epidemiology of Cryptosporidium in pediatric diarrheal illnesses. Indian Pediatrics, 54, 299–309. https://doi.org/10.1007/s13312-017-1093-3.
Fayer, R., & Xiao, L. (2007). Cryptosporidium and cryptosporidiosis. CRC press.
IBGE. (2023). Estatítica da produção pecuária. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Khan, A., Shaik, J. S., & Grigg, M. E. (2018). Genomics and molecular epidemiology of Cryptosporidium species. Acta Tropica, 184, 1–14. https://doi.org/10.1016/j.actatropica.2017.10.023.
Lima, M. M., Farias, M. P. O., Romeiro, E. T., Ferreira, D. R. A., Alves, L. C., & Gloria, F. M. A. (2010). Eficácia da moxidectina, ivermectina e albendazole contra helmintos gastrintestinais em propriedades de criação caprina e ovina no estado de Pernambuco. Ciência Animal Brasileira, 11(1), 94–100.
Madrid, D. M., Bastos, T., & Jayme, V. (2015). Emergência da criptosporidiose e impactos na saúde humana e animal. Enciclopédia Biosfera, 11(22), 1150–1171. https://doi.org/10.18677/enciclopedia_biosfera_2015_150.
Martins-Vieira, M. B. C., Brito, L. A. L., & Heller, L. (2009). Oocistos deCryptosporidium parvum em fezes de bezerro infectado experimentalmente. Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia, 61, 1454–1458. https://doi.org/10.1590/S0102-09352009000600030.
Mason, R. W., Hartley, W. J., & Tilt, L. (1981). Intestinal cryptosporidiosis in a kid goat. Australian Veterinary Journal, 57(8), 386–388. https://doi.org/10.1111/j.1751-0813.1981.tb00529.x.
Monteiro, M. G., Brisola, M. V., & Vieira Filho, J. E. R. (2021). Diagnóstico da cadeia produtiva de caprinos e ovinos no Brasil. IPEA. https://doi.org/10.38116/td2660.
Noordeen, F., Rajapakse, R. P. V. J., Horadagoda, N. U., Abdul-Careem, M. F., & Arulkanthan, A. (2012). Cryptosporidium, an important enteric pathogen in goats – A review. Small Ruminant Research, 106(2–3), 77–82. https://doi.org/http://dx.doi.org/10.1016/j.smallrumres.2012.03.012
Oliveira, M. R. A., Luz, C. S. M., Campelo, J. E. G., Santos, K. R., & Sousa Júnior, S. C. (2019). Criptosporidiose em caprinos: A doença e seus impactos na produção. Medicina Veterinária (UFRPE), 13(3), 301–308. https://doi.org/10.26605/medvet-v13n3-3279.
Oliveira, S., Wimsen, M. O., & Rosalinski-Moraes, F. (2012). Criptosporidiose em ruminantes: revisão. PUBVET, 6(8). https://doi.org/10.22256/pubvet.v16n8.1309.
Ortolani, E. L. (2000). Standardization of the modified Ziehl-Neelsen technique to stain oocysts of Cryptosporidium sp. Revista Brasileira de Parasitologia Veterinária, 9(1), 29–31.
Paraud, C., Pors, I., Journal, J. P., Besnier, P., Reisdorffer, L., & Chartier, C. (2011). Control of cryptosporidiosis in neonatal goat kids: Efficacy of a product containing activated charcoal and wood vinegar liquid (Obionekk®) in field conditions. Veterinary Parasitology, 180(3–4), 354–357. https://doi.org/http://dx.doi.org/10.1016/j.vetpar.2011.03.022
Pimenta, J. L. L. A., Silva, J., Melo Júnior, A. M., Maia, A. M., Varella, G. O. M., Silva, G. G., Silva, G. N., Fonseca, J. S., Azevedo, L. C., & Medeiros Neto, P. I. (2021). Fatores inerentes ao consumo de leite de cabra e derivados no Brasil. Research, Society and Development, 10(12), e53101220175. https://doi.org/10.33448/rsd-v10i12.20175.
Robertson, L. J. (2009). Giardia and Cryptosporidium infections in sheep and goats: a review of the potential for transmission to humans via environmental contamination. Epidemiology & Infection, 137(7), 913–921. https://doi.org/10.1017/S0950268809002295.
Ryan, U., & Hijjawi, N. (2015). New developments in Cryptosporidium research. International Journal for Parasitology, 45(6), 367–373. https://doi.org/10.1016/j.ijpara.2015.01.009.
Silva, H. W., Guimarães, C. R. B., & Oliveira, T. S. (2012). Aspectos da exploração da caprinocultura leiteira no Brasil. Revista Brasileira de Agropecuária Sustentável, 2, 121–125. https://doi.org/10.21206/rbas.v2i2.173.
Smith, H. V, & Nichols, R. A. B. (2010). Cryptosporidium: detection in water and food. Experimental Parasitology, 124(1), 61–79. https://doi.org/10.1016/j.exppara.2009.05.014.
Sweeny, J. P. A., Ryan, U. M., Robertson, I. D., & Jacobson, C. (2011). Cryptosporidium and Giardia associated with reduced lamb carcass productivity. Veterinary Parasitology, 182(2–4), 127–139. https://doi.org/http://dx.doi.org/10.1016/j.vetpar.2011.05.050
Teixeira, W. C., Santos, H. P., Silva, J. C. R., Rizzo, H., Marvulo, M. F. V., & Castro, R. S. (2015). Perfil zoosanitário dos rebanhos caprinos e ovinos em três mesorregiões do estado do Maranhão, Brasil. Acta Veterinaria Brasilica, 9(1), 34–42. https://doi.org/10.21708/avb.2015.9.1.4438.
Teixeira, W. F. P., Vieira, D. S., Lopes, W. D. Z., Esperança, M. F., & Bresciani, K. D. S. (2019). Criptosporidiose bovina: aspectos clínicos, epidemiológicos e terapêuticos. PUBVET, 13(7), 1–7. https://doi.org/10.31533/pubvet.v13n7a369.1-7.
Tyzzer, E. E. (1907). A sporozoan found in the peptic glands of the common mouse. Proceedings of the Society for Experimental Biology and Medicine, 5(1), 12–13. https://doi.org/10.3181/00379727-5-5.
Urquhart, G. M., Armour, J., Dunn, A. M., & Jennings, F. W. (1998). Parasitologia veterinária (2nd ed.). Guanabara Koogan.
Xiao, L. (2010). Molecular epidemiology of cryptosporidiosis: an update. Experimental Parasitology, 124(1), 80–89. https://doi.org/10.1016/j.exppara.2009.03.018.
Zahedi, A., & Ryan, U. (2020). Cryptosporidium–an update with an emphasis on foodborne and waterborne transmission. Research in Veterinary Science, 132, 500–512. https://doi.org/10.1016/j.meatsci.2009.06.006.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Alan Correia Camelo Zacarias, Jonatas Campos de Almeida
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Você tem o direito de:
Compartilhar — copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato
Adaptar — remixar, transformar, e criar a partir do material para qualquer fim, mesmo que comercial.
O licenciante não pode revogar estes direitos desde que você respeite os termos da licença. De acordo com os termos seguintes:
Atribuição
— Você deve dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas. Você deve fazê-lo em qualquer circunstância razoável, mas de nenhuma maneira que sugira que o licenciante apoia você ou o seu uso. Sem restrições adicionais
— Você não pode aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita.