Incontinência urinária iatrogênica em cadelas castradas no Centro de Controle de Zoonoses do município de Patos de Minas
DOI:
https://doi.org/10.31533/pubvet.v16n11a1269.1-8Palavras-chave:
Complicações cirúrgicas, controle populacional, ovariosalpingohisterectomiaResumo
A incontinência urinária adquirida é uma condição debilitante que acomete fêmeas castradas. A manifestação clínica pode ocorrer em qualquer momento após a ovariosalpingohisterectomia e resulta em graves problemas no manejo do paciente. Objetivou-se analisar a incidência da ocorrência desta iatrogenia nas cadelas castradas pelo Centro de Controle de Zoonoses da cidade de Patos de Minas, MG, nos anos de 2013 e 2014. Por contato telefônico, 252 tutores foram investigados sobre a incontinência urinária e seu desenvolvimento após a castração. Das 263 cadelas castradas, 3,04% (8/263) apresentaram manifestações clínicas da afeção, todas com intervalo de tempo de no mínimo de dois anos entre o procedimento cirúrgico e a presente pesquisa.
Referências
Andrade, A. C. de S., & Bittencourt, L. H. F. B. (2013). Castração convencional e precose: Revisão de literatura. Anais Do 11o Encontro Científico Cultural Interinstitucionaçl, 268–272.
Angioletti, A., Francesco, I., Vergottini, M., & Battocchio, M. L. (2004). Urinary incontinence after spaying in the bitch: incidence and oestrogen-therapy. Veterinary Research Communications, 28(1), 153–155. https://doi.org/10.1023/B:VERC.0000045394.31433.9e.
Arnold, S. (1997). Urinary incontinence in castrated bitches. Part 1: Significance, clinical aspects and etiopathogenesis. Schweizer Archiv Fur Tierheilkunde, 139(6), 271–276.
Arnold, S., Hubler, M., Casal, M., Ruesch, P., & Arnold, P. (1989). Urinary incontinence in spayed bitches: Prevalence and breed disposition. SAT Schweizer Archiv Fuer Tierheilkunde, 131(5), 259–263.
Arnold, S., Reichler, I., Hubler, M., & Compagnia, S. C. I. V. (2006). Urinary incontinence in the dog: clinical workup and differential diagnosis. International Congress of the Italian Association of Compagnion Animal Veterinarians.
Aude, L. M., Santos, C. B. A., & Zuntini, B. A. (2010). A incontinência urinária em cadels devido à incopetência do esfíncter uretral. UNIMAR, 17–24.
Balogh, O., Berger, A., Pieńkowska-Schelling, A., Willmitzer, F., Grest, P., Janett, F., Schelling, C., & Reichler, I. M. (2015). 37, X/38, XY Mosaicism in a Cryptorchid Bengal cat with Müllerian duct remnants. Sexual Development, 9(6), 327–332.
Bleser, B., Brodbelt, D. C., Gregory, N. G., & Martinez, T. A. (2011). The association between acquired urinary sphincter mechanism incompetence in bitches and early spaying: a case-control study. The Veterinary Journal, 187(1), 42–47. https://doi.org/10.1016/j.tvjl.2009.11.004.
Cesare, T., Ferrari, S., & Romagnoli, S. (2013). Ocorrência de incontinência urinária em cadelas castradas no Hospital Veterinário da Universidade Anhembi-Morumbi, São Paulo, Brasil. Brazilian Journal of Veterinary Research and Animal Science, 50(3), 184–187. https://doi.org/10.11606/issn.1678-4456.v50i3p184-187.
Concannon, P. W., England, G., III.J., V., & Linde-Forsberg. (2003). Recent Advaces in Small Animal Reproduction.
Dibartola, S. P. (1997). Abordagem clínica e avaliação laboratorial da afecção renal. In S. J. Ettinger & E. C. Felddman (Eds.), Tratado de medicina interna veterinária. São Paulo: Manole (pp. 2355–2373).
Dibartola, S. P., & Westropp, J. L. (2015). Doenças do trato urinário. In R. W. Nelson & G. Couto (Eds.), Medicina interna de pequenos animais. Elselvier Saunders.
Forsee, K. M., Davis, G. J., Mouat, E. E., Salmeri, K. R., & Bastian, R. P. (2013). Evaluation of the prevalence of urinary incontinence in spayed female dogs: 566 cases (2003–2008). Journal of the American Veterinary Medical Association, 242(7), 959–962. https://doi.org/10.2460/javma.242.7.959.
Howe, L. M., Slater, M. R., Boothe, H. W., Hobson, H. P., Holcom, J. L., & Spann, A. C. (2001). Long-term outcome of gonadectomy performed at an early age or traditional age in dogs. Journal of the American Veterinary Medical Association, 218(2), 217–221. https://doi.org/10.2460/javma.2001.218.217.
Martins, L. R., & Lopes, M. D. (2005). Pseudociese canina. Revista Brasileira de Reprodução Animal, 29(3/4), 137–141.
Nelson, R. W., & Couto, C. G. (2015). Medicina interna de pequenos animais (Issue 1). Elsevier Editora.
Oliveira, E. C. S., & Marques Júnior, A. P. (2006). Endocrinologia reprodutiva e controle da fertilidade da cadela. Revista Brasileira de Reprodução Animal, 30(1/2), 11–18.
Oliveira, L. O., Oliveira, R. T., Loretti, A. P., Rodrigues, R., & Driemeier, D. (2003). Aspectos epidemiológicos da neoplasia mamária canina. Acta Scientiae Veterinariae, 31(2), 105–110. https://doi.org/10.22456/1679-9216.17079.
Reichler, I. M., Jöchle, W., Piché, C. A., Roos, M., & Arnold, S. (2006). Effect of a long acting GnRH analogue or placebo on plasma LH/FSH, urethral pressure profiles and clinical signs of urinary incontinence due to Sphincter mechanism incompetence in bitches. Theriogenology, 66(5), 1227–1236. https://doi.org/10.1016/j.theriogenology.2006.03.033.
Salmeri, K. R., Olson, P. N., & Bloomberg, M. S. (1991). Elective gonadectomy in dogs: a review. Journal of the American Veterinary Medical Association, 198(7), 1183–1192.
Spain, C. V., Scarlett, J. M., & Houpt, K. A. (2004). Long-term risks and benefits of early-age gonadectomy in dogs. Journal of the American Veterinary Medical Association, 224(3), 380–387. https://doi.org/10.2460/javma.2004.224.372.
Stöcklin-Gautschi, N. M., Hässig, M., Reichler, I. M., Hubler, M., & Arnold, S. (2001). The relationship of urinary incontinence to early spaying in bitches. Journal of Reproduction and Fertility. Supplement, 57, 233–236.
Thrusfield, M. V. (1985). Association between urinary incontinence and spaying in bitches. Veterinary Record, 11(26), 695. https://doi.org/10.1136/vr.116.26.695.
Thrusfield, M. V. (2004). Epidemiologia Veterinária (Vol. 1). Roca, Brasil.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Júnior Artur dos Reis, Marcelo Coelho Lopes, Júlia Stéfany Caixeta da Silva, Guilherme Nascimento Cunha
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Você tem o direito de:
Compartilhar — copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato
Adaptar — remixar, transformar, e criar a partir do material para qualquer fim, mesmo que comercial.
O licenciante não pode revogar estes direitos desde que você respeite os termos da licença. De acordo com os termos seguintes:
Atribuição
— Você deve dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas. Você deve fazê-lo em qualquer circunstância razoável, mas de nenhuma maneira que sugira que o licenciante apoia você ou o seu uso. Sem restrições adicionais
— Você não pode aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita.