Utilização da ractopamina em suínos em terminação: conceitos gerais

Resumo

Os agonistas β-adrenérgicos estão entre os muitos aditivos utilizados em suínos nos últimos anos como possíveis substitutos dos antibióticos promotores de crescimento. O principal representante dos β-agonistas é a ractopamina, incluída na categoria das fenetanolaminas, sendo um dos aditivos mais utilizados em suínos no Brasil. A ractopamina modifica o metabolismo, redirecionando os nutrientes para uma maior síntese de músculo em detrimento da formação de tecido adiposo. Como resultado, os animais apresentam maior relação carne:gordura, que é apreciada pelos consumidores. Nesse sentido, pela melhor eficiência na formação de músculo, há uma melhora no ganho de peso e na conversão alimentar. Devido ao modo de ação, a ractopamina é administrada nas dietas de terminação, anterior ao abate, em animais que já tenham atingido a maturidade, onde a capacidade de deposição proteica está diminuída. No entanto, a ractopamina é uma catecolamina sintética e pode gerar mudanças fisiológicas nos animais, induzindo a alterações no comportamento, indo contra as correntes do bem-estar animal, podendo afetar, negativamente, a qualidade da carne. Esta revisão resume os principais conceitos relativos da ractopamina como seus mecanismos de ação, características, efeitos e suas limitações de uso.