Processo de habituação com gatos domésticos em cativeiro
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Palavras-chave:
distância de fuga, vigilância, bem-estar, Felis silvestris catusResumo
Diversos estudos envolvendo gatos domésticos têm sido realizados sem que antes haja a habituação entre o pesquisador e os animais. Esta situação não é ideal, pois o estresse gerado pela presença de um desconhecido pode interferir negativamente nos resultados do estudo e, mais importante, reduzir o nível de bem-estar dos animais envolvidos. Não são conhecidos trabalhos formais traçando um modelo de habituação neste contexto. Assim, o presente estudo objetivou avaliar o processo de habituação de gatos domésticos adultos, em cativeiro, durante a interação com o homem, a partir de uma sequência de testes que possam ser utilizados para minimizar as interferências negativas desta interação em situações futuras. Três testes com duração de quatro dias cada foram elaborados baseando-se na distância de fuga, nas reações comportamentais dos animais na presença constante do experimentador e no oferecimento de estímulo alimentar. Os comportamentos de fuga e vigilância foram significativos e a redução destes pôde indicar a habituação com a presença humana. A motivação em evitar o contato com o experimentador muitas vezes foi superior à motivação em obter o alimento, mostrando a aversão que o pesquisador desconhecido pode representar para alguns dos animais. Neste trabalho, foi possível verificar que há animais que adotam a estratégia de fuga para se afastar do experimentador, há os que toleram sua aproximação e os que, além de tolerá-la, exibem aproximação espontânea. A habituação pode ocorrer na presença constante do pesquisador, principalmente para aqueles animais que não exibem fuga. O oferecimento de um estímulo alimentar facilita a habituação.
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Copyright (c) 2012 Juliana Clemente Machado, José Olimpio Tavares de Souza, Artur Andriolo
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