Inclusão de ramos e frutos de jurema preta e farelo de palma forrageira na dieta de Ovinos Santa Inês - Revisão

Autores

  • Maiza Arújo Cordão

DOI:

https://doi.org/10.22256/pubvet.v16n10.1319

Palavras-chave:

alimentos alternativos; forragem arbórea; ovinocultura; semiárido

Resumo

A ovinocultura é uma atividade relevante em vários continentes, adaptando-se a uma grande variedade de climas. O Nordeste brasileiro é a região com o maior rebanho ovino do Brasil, porém a maior parte dos animais não tem padrão de raça definido e é criado extensivamente e sem práticas apropriadas de manejo alimentar, sanitário e reprodutivo. Além disto, a fartura de forragem nos quatro a cinco meses da estação úmida contrasta com a carência de alimento de qualidade no pasto durante a estação quente e seca, que se estende por sete a oito meses do ano e constitui um obstáculo para a viabilidade da pecuária na região. As plantas forrageiras nativas da caatinga são essenciais para a ovinocultura do Nordeste, pois são adaptadas aos rigores climáticos da região e participam da dieta dos animais a pasto durante todo o ano. Porém, há possibilidade de coletar e armazenar parte dessa forragem no período de vegetação plena, para oferecimento aos animais na época de escassez alimentar, na forma de feno ou silagem. A jurema preta é uma leguminosa lenhosa da caatinga que apresenta grande resistência à seca, é uma das primeiras espécies a colonizar áreas degradadas, e suas ramas finas e sementes são consumidas frescas ou naturalmente fenadas quando amadurecem e caem ao solo no período de estiagem, fornecendo um alimento apreciado pelos ruminantes. A palma é uma cactácea forrageira adaptada às condições quente e seca do Nordeste do Brasil, suportando longos períodos de estiagem devido à sua fisiologia caracterizada por um processo fotossintético que resulta em grande economia de água. Apresenta elevada digestibilidade e baixo teor de fibra, apesar do inconveniente dos baixos teores de matéria seca e proteína. Pode ser utilizada, também, na forma de farelo, o que facilita o seu armazenamento e mistura na ração. Diante do exposto, é necessário estudos do potencial destes alimentos alternativos na alimentação de ovinos, com o objetivo de melhorar e tornar sustentável o sistema de produção da ovinocultura e da pecuária da região Nordeste do Brasil.

Downloads

Publicado

20-09-2016

Edição

Seção

Produção animal

Como Citar

1.
Maiza Arújo Cordão. Inclusão de ramos e frutos de jurema preta e farelo de palma forrageira na dieta de Ovinos Santa Inês - Revisão. Pubvet [Internet]. 20º de setembro de 2016 [citado 23º de dezembro de 2024];6(10). Disponível em: https://ojs.pubvet.com.br/index.php/revista/article/view/2073