Hidrocefalia congênita em cão idoso

Autores

  • Renata de Lima Universidade Federal Rural de Pernambuco
  • Marcelo Weinstein Teixeira Professor da Universidade Federal Rural de Pernambuco, Departamento de Morfologia e Fisiologia Animal. Recife –PE Brasil.
  • Fabiano Séllos Costa Professor da Universidade Federal Rural de Pernambuco, Departamento de Medicina Veterinária, Setor de Diagnóstico por imagem. Recife –PE Brasil.
  • Lorena Adão Vescovi Séllos Costa Médica Veterinária, Universidade Federal Rural de Pernambuco, Departamento de Medicina Veterinária, Setor de Diagnóstico por imagem. Recife –PE Brasil.
  • Elayne Cristine Soares da Silva Professora da Uninassau, Departamento de Medicina Veterinária. Recife –PE Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.22256/pubvet.v11n1.55-61

Palavras-chave:

canino, convulsões, fontanela, hidrocefalia, tomografia

Resumo

No período de formação do sistema nervoso fetal podem ocorrer falhas, levando a problemas após o nascimento, como a persistência da fontanela, a qual é decorrente da não calcificação das suturas cranianas. A hidrocefalia é um tipo de alteração congênita causada pela inadequada circulação do líquido cefalorraquidiano que ao acumular-se promove aumento do volume e consequente dilatação dos ventrículos cerebrais. Pode ser congênita ou adquirida, e as raças mais predispostas de cães são aquelas de pequeno porte. Dentre os sinais clínicos mais comuns da hidrocefalia estão as deformidades no crânio, na órbita ocular, ou o aumento da pressão no tegumento mesencefálico, depressão, apatia, delírio, cegueira, ataxia, demência, agressividade, irritação, dificuldade de adestramento e aprendizagem, andar em círculos e convulsões. A anamnese do animal deve ser realizada adequadamente, seguida pelo exame clínico e neurológico, podendo ser necessária a solicitação de exames laboratoriais e de imagem para se fechar o diagnóstico da hidrocefalia. Exames de imagem como ultrassonografia encefálica, tomografia computadorizada e ressonância magnética vêm proporcionando, atualmente, um melhor suporte como meios diagnósticos. Dentre os fármacos utilizados na terapêutica clássica estão: corticosteróides, diuréticos e agentes osmóticos, os quais atuarão diminuindo o edema cerebral e, por conseguinte, a pressão intracraniana. Pacientes que tiverem episódios convulsivos precisam receber terapêutica específica. Dependendo do caso, o tratamento à base de medicamentos é eficiente, porém, para um melhor controle dos sintomas, algumas vezes, indica-se a cirurgia de desvio ventrículo-peritoneal. Relata-se um caso de um canino Poodle, 11 anos de idade, fêmea, que após ter sofrido trauma craniano e realizado exame tomográfico, foi diagnosticada com hidrocefalia congênita e fontanelas persistentes em região frontal e bilateralmente, entre os ossos parietal e temporal. A paciente foi tratada com terapia clássica, utilizando-se corticóides (dexametasona e prednisona) e diuréticos (manitol e furosemida), obtendo-se sucesso na recuperação.

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Publicado

06-02-2017

Edição

Seção

Medicina veterinária

Como Citar

1.
de Lima R, Weinstein Teixeira M, Séllos Costa F, Adão Vescovi Séllos Costa L, Soares da Silva EC. Hidrocefalia congênita em cão idoso. Pubvet [Internet]. 6º de fevereiro de 2017 [citado 4º de dezembro de 2024];11(01). Disponível em: https://ojs.pubvet.com.br/index.php/revista/article/view/1387