Anatomia do cone medular do cachorro-do-mato (Cerdocyon thous) aplicada à via epidural de administração de fármacos

Autores

  • Artur da Nóbrega Carreiro Universidade Federal de Campina Grande
  • Brunna Muniz Rodrigues Falcão Universidade Federal de Campina Grande
  • Fabiana Cristina da Silva Morais Universidade Federal de Campina Grande
  • Ana Yasha Ferreira de La Salles Universidade Federal de Campina Grande
  • José Rômulo Soares dos Santos Universidade Federal de Campina Grande
  • Danilo José Ayres de Menezes Universidade Federal de Campina Grande
  • Gildenor Xavier Medeiros Universidade Federal de Campina Grande

DOI:

https://doi.org/10.22256/PUBVET.V11N3.262-266

Palavras-chave:

anestesia, canídeo, medula espinal, morfometria

Resumo

O acesso à via epidural é de grande importância para diversos procedimentos realizados tanto na clínica como na cirurgia veterinárias. A necessidade de se conhecer a respeito da anatomia e topografia desta região é imprescindível para que o médico veterinário possa obter sucesso em tais técnicas.Com o intuito de determinar a melhor localização para realização da técnica de acesso à via epidural, quer para anestesia epidural, exames de mielografia, coleta de líquor, entre outros, o presente trabalho teve como objetivo descrever a anatomia do cone medular de cachorro-do-mato (Cerdocyon thous), particularmente sua esqueletopia. Para a realização do presente trabalho seis animais adultos, de ambos os sexos, foram dissecados, retirando-se a musculatura da coluna lombar e sacral para identificação das vértebras, as quais foram seccionadas em seus arcos vertebrais para exposição da medula espinhal. Foi identificado o cone medular, medido com auxílio de paquímetro e identificada a sua esqueletopia. Foi observado, em todos os animais estudados, a presença de sete vértebras lombares (L). O cone medular mostrou-se com a base situada em L5 (50% dos animais), ou entre L5 e L6 (50%) e o ápice em L6 (66.7%), entre L6 e L7 (16.7%) ou em L7 (16.7%). O comprimento médio do cone medular observado foi de 16.62 + 7.33 mm. Como o ápice do cone medular não ultrapassa o espaço lombossacro. Concluímos que neste espaço é possível a realização do acesso ao espaço epidural sem riscos de lesionar a medula espinhal do animal.

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Publicado

20-02-2017

Edição

Seção

Medicina veterinária

Como Citar

Anatomia do cone medular do cachorro-do-mato (Cerdocyon thous) aplicada à via epidural de administração de fármacos. (2017). Pubvet, 11(03), 262-266. https://doi.org/10.22256/PUBVET.V11N3.262-266

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